O número de prefeitos na Bahia que não conseguiu aprovação nas urnas nas eleições deste ano, é recorde. Dos 307 prefeitos, aptos a reeleição, só 204 entraram na briga, 109 desistiram, sendo que, dos que encararam a disputa eleitoral apenas 77, ou 37,74%, lograram êxito – 127 perderam, segundo a contagem feita pela União dos Municípios da Bahia (UPB). ”O número é recorde absoluto desde que a reeleição foi instituída, em 2000. O resultado era previsível”, comentou a presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), que aponta a crise como fator determinante. ”Tanto que em 2008, com a economia indo de vento em popa, o índice de reeleição foi o maior, 63,4%”, compara Maria Quitéria, justificando que cortaram muitas verbas dos municípios. ”Muitas obras que estavam em andamento pararam. Isso forçou os prefeitos a fazerem muitas demissões”, complementou a presidente da UPB. Outro dato também levantado em relação ao pleito deste ano foi a diminuição do números de mulheres eleitas. Em 2012, foram 84 e em 2016, apenas, 56. Dos 417 municípios baianos, dois ainda permanecem com a situação indefinida. Vitória da Conquista, segundo maior colégio eleitoral do estado, o prefeito eleito somente será conhecido no próximo dia 30, após o resultado da votação em segundo turno, envolvendo os candidatos Hérzem Gusmão (PMDB) e Zé Raimundo (PT); outro município com situação indefinida, é Santa Maria da Vitória, ”onde aconteceu um caso raro”, como acentua o jornalista Levy Vasconcelos, da coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde – Carlos André (PTC) teve 1.901 votos contra 1.325 de Geazi (PP), mas a Justiça indeferiu as candidaturas dos dois.
Índices, de 2000 a 2016 — Veja os índices de reeleição na Bahia:
2000 – 228 aptos, 116 reeleitos (57,6%).
2004 – 156 aptos, 80 reeleitos (51,3%).
2008 – 223 aptos, 143 reeleitos (63,3%).
2012 – 234 aptos, 118 reeleitos (50,5%).
2016 – 204 aptos, 77 reeleitos (37,7%).
2016 – 204 aptos, 77 reeleitos (37,7%).