O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, liberou nesta terça-feira (4/10) a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para julgamento no plenário. O peemedebista é acusado por crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documento supostamente falso ao receber propina da construtora Mendes Júnior, que teria bancado despesas de uma filha, fruto de relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso. O plenário decidirá se aceita ou não a ação penal, o que pode transformar Renan em réu na Corte. A data do julgamento será marcada pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Fachin liberou a denúncia para julgamento três meses e meio depois de ela ter sido encaminhada pela PGR. A peça, entretanto, ainda não foi analisada. Na decisão, Fachin afirmou que vai elaborar o relatório sobre a denúncia e levar o inquérito para que o plenário decida por abrir ou arquivar a ação. O presidente do Senado nega ter tido as despesas pagas com dinheiro público e disse, em fevereiro, que a denúncia é um ”excesso” do STF.