O vice-prefeito de Jequié, Sérgio da Gameleira (PSB), que disputa o cargo de prefeito nas eleições 2016, parece não ter esmurecido diante da repercussão negativa de seu nome na imprensa baiana após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ter decretado na última quarta-feira (14/9) o bloqueio dos seus bens. Luiz Sérgio Suzarte Almeida, e da empresa Artur Pires Souza-ME foram por indícios de irregularidades na contratação, com dispensa de licitação, de atrações para festa local. De acordo com decisão liminar do juiz Rodrigo Medeiros Sales, R$ 108,1 mil do gestor e da empresa ficarão indisponíveis, como forma de ressarcir o erário. A ação foi movida pelo Município de Jequié e refere-se à época em que Gameleira – candidato a prefeito – assumiu o comando da cidade, em face do afastamento da prefeita Tânia Britto (PP), determinado pelo TJ-BA. Na liminar, o juiz sustenta que as contratações não observaram as regras constitucionais para inexigibilidade de certame. ”alta aos olhos o equivocado procedimento [de contratação]. Não ocorreu, como prevê a legislação, a escolha das atrações especificas em razão de sua consagração e opinião pública e o posterior contato com as mesmas ou com os seus empresários. Na verdade, ao que parece, o Município solicitou atrações para o São João, disponibilidade de calendário e orçamento, o que foi fornecido pela empresa ARTUR PIRES SOUZA-ME, num pacote de atrações aceito pela Municipalidade”, argumentou. O juiz também apontou indícios de ilegalidades na relação entre a prefeitura e a empresa contratante das atrações para os festejos juninos. A decisão judicial caiu como um balde de água fria, uma vez que Sérgio se apresenta como um dos principais concorrentes ao cargo de gestor público nas eleições municipais. Mas, ao que parece, Gameleira, pelo menos em suas aparições públicas, não quer deixar transparecer preocupação e, mesmo abatido, toca o barco. Em campanha, ao lado do deputado federal Antônio Brito (PSD), Sérgio fez caminhada neste final de semana no bairro Amaralina.