O senador Roberto Muniz (PP-BA) defendeu a realização de eleições gerais, com a coincidência de mandatos executivos e legislativos, nas três esferas, durante discurso no Plenário do Senado, na tarde desta segunda-feira (12/9). No início do mês, o senador deu entrada em uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) onde defende a unificação dos pleitos eleitorais, além de alinhar a programação orçamentária política de governo durante os quatro anos de gestão, sem as interrupções que ocorrem por conta de um processo eleitoral. ”A possibilidade de haver eleições gerais em uma só data unifica o planejamento dos Municípios, dos Estados e do Governo Federal, trazendo maior eficiência para os gastos públicos. Outra questão é o barateamento das campanhas eleitorais. Essa é uma vantagem importantíssima, porque faria com que todos os agentes públicos e os agentes políticos se alinhassem em um só momento, na busca do voto do eleitor, estabelecendo-se um barateamento na execução das campanhas”, disse Muniz. O parlamentar ainda alertou para o alto custo das eleições, aproximadamente R$ 800 milhões, e afirmou que a PEC pode tornar a política mais atrativa. ”A proposta pode atrair um bom debate a cada quatro anos para que possamos fazer as transformações vitais e, quem sabe, atrair os jovens para a política. É preciso mudar as práticas políticas para que elas sejam construídas num bom campo de debate, em benefício de um Brasil mais justo”, destacou. Cerca de 34 senadores assinaram a proposta. O texto pede eleições gerais em 2022, com antecedência de seis anos, ”tempo suficiente para planejar e regular a matéria”, explica Muniz. A nova regra exclui também a possibilidade de um político, no exercício do mandato, concorrer a outro cargo. ”Para vocês terem uma ideia, mais de 70 Parlamentares, entre Senadores e Deputados Federais, estão hoje concorrendo às eleições municipais, tentando ser Prefeito das suas cidades”, relatou.