O Maracanã avisou que a hora chegaria, e ela veio. Não a da Alemanha, mas do próprio Brasil. A alegria é a melhor vingança. Dois anos depois de seu maior vexame, a Seleção conquistou o título que lhe faltava diante do algoz da Copa do Mundo de 2014. A Olimpíada é nossa, a medalha de ouro, também. Depois de empate em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, Weverton foi heroico nos pênaltis (5 a 4) e garantiu a vitória que não representa uma revanche, mas uma conquista histórica e o fim de uma espera de décadas. A hora chegou também para Neymar. Depois da prata em Londres-2012 e da lesão que o tirou da semifinal do Mundial contra a Alemanha, o craque brilhou… como um raio. Com o ídolo e fã dele Usain Bolt na platéia, o camisa 10 da Seleção fez dele o que se espera: tudo! Armou, driblou, deu carrinho, cobrou companheiros, jogou com dores… E honrou o número 10 que usava às costas com um golaço de falta. E fechando a conta nos pênaltis. Já para Weverton, a hora chegou um pouco depois que para os demais, mas veio com uma recompensa que bem provavelmente nem ele esperasse. Convocado de última hora por conta da lesão de Fernando Prass, ele se tornou o herói da sexta medalha olímpica do futebol masculino do Brasil, recordista em pódios.