O prefeito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli (PP), explicou na noite deste sábado (30/7), em entrevista exclusiva ao Blog Marcos Frahm, que a reunião por ele solicitada essa semana em Salvador, ao governador Rui Costa, com a presença do empresário e político Ricardo Leal – Lealdade (PT) teve o objetivo de tentar unir dois grupos políticos em torno de um projeto único, cujo foco é o melhor para o município. ”Devido a essa grande proximidade que nós temos hoje com o governo do Estado através do governador Rui Costa e da primeira-dama Aline, na segunda-feira eu estive numa reunião com a primeira-dama, onde foi sinalizado que, o prefeito de Jaguaquara, Giuliano Martinelli, através da amizade que Rui tem com Ricardo fez um pedido a Aline, que trouxesse o apoio de Ricardo Lealdade para a candidatura de Giuliano Martinelli e de Zuca. Já é de conhecimento de todos que Ricardo não tinha mais pretensões políticas para disputar o pleito de 2016 e eu já tinha nomeado na chapa o vice Zuca, uma pessoa que eu confio hoje e, Rui, de imediato, falou que iria intermediar essa ligação. Eu pedi esse apoio de Ricardo que seria muito bom e na quinta-feira, em Salvador, fui a um encontro que o governador promoveu, entre Giuliano e Ricardo. Eu quero deixar bem claro é que, em nenhum momento, foi Ricardo quem pediu a reunião, que foi provocada pelo prefeito de Jaguaquara e nessa reunião estavam: Rui, Marcelo Nilo, Josias Gomes, Cícero Monteiro, chefe de gabinete, Giuliano e Ricardo Lealdade”, revelou o pepista. ”Sabemos que o governador é amigo pessoal de Lealdade e, o meu entendimento é que não haveria liderança com maior credibilidade que ele [Rui Costa] para intervir favorável nessa tentativa de união”, explicou Giuliano, afirmando que não autorizou a nenhum integrante do seu grupo político a tentar desqualificar essa possibilidade de coligação entre Giuliano e Lealdade, que foi o primeiro encontro com o empresário após a emblemática disputa sucessória de 2012 e que Ricardo não pediu para a sua esposa Vanusa Leal fazer parte da chapa. ”Eu queria o apoio de Ricardo porque viria somar. A vontade que eu tinha era que seriam dois amigos do governador numa única chapa e isso definiria o pleito. Ricardo ainda possui um grupo, um grupo forte e disso eu não tenho dúvidas, pois a prova maior foi a última eleição, onde vencemos por seiscentos e cinco votos”. Giuliano demonstrou ter ficado extremamente chateado com a atitude de pessoas ligadas a ele, que desconhecendo essa tentativa de conciliação dos dois grupos políticos, ”tomou a iniciativa de caráter pessoal, publicando nas redes sociais declarações totalmente distorcidas e completamente fora da realidade, sem sequer nos consultar, sobre o que realmente começamos a delinear em Salvador, com a intermediação do governador Rui Costa”. Ao lamentar o desconforto causado pela publicação, Giuliano reafirmou que continua entendendo que a coligação, na eleição deste ano, do seu grupo com o de Lealdade, é a melhor alternativa para o fortalecimento eleitoral de um projeto político que tem como foco principal o desenvolvimento de Jaguaquara e o bem estar da população. ”Não tive nenhuma intenção, muito menos apoiei essa publicação, que sem a minha autorização, criou mais uma vez, arestas desnecessárias entre dois grupos que, possivelmente, estariam unidos. Eu acredito que Ricardo torce pelo bem de Jaguaquara e ele não pediu vaga na chapa”, bradou Martinelli, tendo revelado que, caso a aliança fosse concretizada, a alternativa proposta por ele seria um apoio futuro a Ricardo numa possível candidatura a deputado estadual. Concluiu ressaltando não ter dúvidas de que Lealdade estará no páreo nas eleições de 2018 e que já foi amigo pessoal e comercial de Lealdade, atuando no mesmo ramo de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros e que apesar de ambos terem sido adversários em 2012 teve a oportunidade no encontro promovido por Rui de reaproximar-se de Ricardo e que juntos teriam saído da reunião fortalecidos. Mesmo com Lealdade declarando em nota anterior que se afastará da sucessão, Giuliano fez questão de dizer que ainda vai lutar pelo apoio.
