O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira (10/6), durante evento em Brasília que reuniu procuradores eleitorais, que não vai hesitar ”em lançar mão dos instrumentos legais que se fizerem necessários para investigar, processar e buscar a punição de corruptos e autores de outros delitos”. Janot disse que não vai desviar ‘um milímetro dos parâmetros legais’, porque o Ministério Público não é justiceiro. ”Da esquerda à direita; do anônimo às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo, estará acima da lei, no que depender do Ministério Público. Assim exige a Constituição; Assim exige a República”, declarou. O senador Fernando Collor (PTC-AL), também denunciado na Lava Jato, é outro parlamentar que se diz perseguido pelo procurador-geral. Em seu discurso, Janot negou as acusações. ”Nunca terei transgressores preferidos, como bem demonstra o leque sortido de autoridades investigadas e processadas por minha iniciativa perante a Suprema Corte”, sustentou. ”Acredito firmemente em que a linha distintiva entre a autoridade pública e o transgressor se encontra apenas no limite da lei: o primeiro cumpre-a com fidelidade, o segundo a viola sistematicamente. Rechaço enfaticamente a possibilidade de agir motivado por objetivo que não seja o cumprimento isento da missão constitucional que me cabe desempenhar como membro do Ministério Público”.