O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), interrogado nesta quinta-feira no Conselho de Ética, já que responde por quebra de decoro parlamentar, negou que indicou nomes para o governo Temer. Cunha disse que ”não tem um alfinete” indicado por ele no governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). O comentário de Cunha foi em resposta ao deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). A lógica do parlamentar é que mesmo após ser afastado da Presidência da Câmara por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), Cunha dá sinais de manter o poder conquistado sobre uma bancada suprapartidária de aliados, a exemplo do deputado André Moura (PSC-SE), escolhido para ser líder do governo na Câmara. Eduardo Cunha negou ainda ter ”capachos” entre os deputados da Câmara. ”Não é porque qualquer um ocupe qualquer posto que passa a ser manobra minha ou passe a ser capacho meu. Essa Casa não tem capacho. Vossa excelência tem que respeitar os parlamentares dessa Casa só porque são colocados por Eduardo Cunha”, disse o peemedebista. Molon negou que tenha usado a expressão ”capacho”.