No dia em que assumiu a presidência da República, nesta sexta-feira (13/), Michel Temer (PMDB) publicou no Diário Oficial a medida que extingue os Ministérios da Cultura, das Comunicações, das Mulheres, Igualdade racial e Direitos humanos. Além disso, foi extinto a Casa Militar da Presidência da República, Ministério de Desenvolvimento Agrário e Controladoria-Geral da União. Diversos artistas e intelectuais reagiram contra o fim do Ministério da Cultura. Domingos Oliveira, diretor de teatro, dramaturgo e cineasta, por exemplo disse que ”quem não dá importância à cultura, que é a coleção do acervo pessoal da humanidade, sendo também o registro da sua brava passagem pelo planeta maravilhoso que logo se destruirá, é antes de tudo burro. Parece que não há limites para a grosseria e a estupidez dos nossos mandatários”. Wagner Moura também se mostrou contra a medida. ”E como nos momentos de crise a cultura é a primeira que roda, o fim do MinC, sob a ótica do Estado enxuto e sob o entendimento popular de que artistas não passam de vagabundos que mamam nas tetas do Estado, infelizmente, não é uma surpresa. E a tendência é piorar’, falou nas redes sociais. O diretor da Globo, Wolf Maya, lamentou: ”Sinto que o nosso MinC que já ultrapassou a maior idade e que sempre teve uma representatividade importante no processo cultural brasileiro, nosso Ministério que representa e orgulha os criadores de cultura, possa voltar a ser uma Secretaria do MEC. Como tantas Secretarias Estaduais que foram perdendo a importância. É terrível”.