A ministra Carmem Lúcia, relatora da Operação Zelotes no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito para investigar suspeitas de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, e do senador Romero Jucá, ambos do PMDB, têm envolvimento com um esquema de venda de emendas a medidas provisórias. De acordo com o jornal O Globo, as investigações foram motivadas pela apreensão de um diário encontrado com um dos investigados na operação, João Batista Grungiski. Uma das passagens do diário relata um encontro entre Grungiski e outro investigado, Alexandre Paes dos Santos, no qual ele relata a existência de negociação de R$ 45 milhões em propina para os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e Gim Argello, ex-senador do PTB preso este mês na Operação Lava Jato. Jucá é apontado como o principal nome para assumir o Ministério do Planejamento em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer. Em nota, a assessoria de Calheiros afirmou que ele não conhece o autor da denúncia e que o próprio Alexandre Paes dos Santos afirmou se tratar de um boato que ouviu no mercado. Jucá também disse, por meio de nota, que a acusação foi desqualificada por Alexandre Paes. Os advogados de Gim Argello e Alexandre Paes dos Santos não se manifestaram.