Fim da gestão pode “melar” projeto de dois prefeitos

O sonho de ‘deputado’ pode ficar distante para Nelson e Ademir

Dois dos atuais prefeitos do Vale do Jiquiriçá, que estarão deixando o cargo em 31 de dezembro, estão inscritos na lista dos futuros candidatos a deputado estadual na sucessão de 2014. O prefeito de Maracás, Nelson Portela (PT), e Ademir Moreira (PMDB), aparecem na lista dos prováveis candidatos a vaga na Assembleia Legislativa para representar o Vale do Jiquiriçá na esfera estadual. Nelson e Ademir têm experiências semelhantes na história política. Ambos vêm de dois mandatos consecutivos de prefeito, além de acumular cargos de vice e de vereador nos municípios vizinhos. Os atuais gestores conseguiram eleger seus candidatos nas respectivas cidades. Em Maracás, Nelson Portela apoiou a candidatura do prefeito eleito Paulo dos Anjos (PT). Já em Jaguaquara, depois de fazer mistérios, Ademir lançou em cima da hora para o prazo final das convenções o nome de Giuliano Martinelli (PP) e conseguiu eleger o produtor rural prefeito de Jaguaquara.

Mas, passadas as eleições, as análises pós-eleitorais não trazem boas notícias para Nelson e Ademir. No mitiê político, as informações dão conta de que os prefeitos desapareceram das prefeituras para tomar medidas drásticas, que podem custar-lhes caro no futuro.  Com a na arrecadação – e a decisão de tentar economizar recursos para fechar as contas até o final do mandato, culminando em demissão de funcionários contratados – que resultam em má prestação dos serviços públicos nos órgãos municipais, os gestores já não são mais olhados com bons olhos pelos eleitores, segundo os comentários. Há quem diga que tudo isso não será esquecido, pois a péssima herança de uma gestão pode acarretar o desgaste político do prefeito.

No caso de Ademir, que enfrenta um fim de mandato melancólico, a situação é mais complicada. O alcaide precisa passar pelo crivo da Câmara de Vereadores por ter tido as contas rejeitas pelo Tribunal de Contas dos Municípios. Caso não consiga êxito no Legislativo, ou seja, caso a maioria dos vereadores não aprove as contas, o gestor ficará impossibilitado de disputar cargo eletivo por oito anos. O julgamento ficará a cargo da nova composição da Câmara e ocorrerá em março de 2013.