O único rabecão do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Jequié atende a mais de 30 cidades das regiões do Médio Rio de Contas e do Vale do Jiquiriçá. Além disso, com uma equipe de peritos e auxiliares com número insuficiente para atender a demanda, o DPT enfrenta críticas de familiares de vítimas de mortes violentas, que sofrem com a morosidade da equipe para remoção de cadáveres. Existem casos em que os corpos permanecem no local por mais cinco horas, sem a presença dos peritos para realização do levantamento cadavérico. Nesta segunda-feira (18/4), por exemplo, depois de cerca de oito horas de um duplo homicídio ocorrido na noite de domingo (17) localidade de Biquinha, na zona rural de Jaguaquara, as polícias Técnica e Civil chegavam ao local por volta das 10h para iniciarem os trabalhos, e no local, onde os corpos permaneciam na chuva, cobertos por uma lona plástica, familiares lamentavam a morosidade para remoção dos cadáveres e classificavam a situação como desrespeitosa. A falta de médico legista nos finais de semana no Instituto Médico Legal de Jequié é outro grave problema do órgão, que encaminha corpos ao IML de Vitória da Conquista aos sábados, domingos e feriados. Mas, como tudo tem limite, as deficiências constatadas há anos devem chegar ao fim no DPT. A informação é de que o Governo do estado vai iniciar a reforma na sede do Departamento de Polícia Técnica e de que a falta de legista já teve providência tomada pelo governador Rui Costa.