Um grupo de pessoas, em sua maioria moradores das localidades da Vila Vitória, Bom Sossego e Mutirão São Judas Tadeu, em Jequié, esteve presente na sessão desta quarta-feira (6/3), da Câmara Municipal de Jequié, exibindo cartazes protestando em relação a não colocação em pauta, do projeto de regularização fundiária dessas e de outras áreas habitacionais do município. Segundo José dos Santos Alves, ”Zé da Prata”, um dos manifestantes, o projeto encaminhado à Câmara, no mês de agosto do ano passado, pela Coordenação Municipal de Legalização Fundiária, ”por questões de ordem política permanece engavetado”. O presidente da Câmara, vereador Eliezer Pereira Fiim (PSL), fez a defesa do legislativo, citando nominalmente o vereador Joaquim Caíres (PMDB), justificando que o projeto não tramitou em face da Prefeitura não ter encaminhado os documentos solicitados e que são necessários à adequação do projeto. ”Os moradores estão se baseando em informações infundadas. Tem pessoas que demonstram não ter competência para elaborar um projeto com as variáveis necessárias e, com isso buscam transferir a responsabilidade para os vereadores”. Diversas vezes interrompido em sua fala pelos manifestantes, o vereador Joaquim Caíres, afirmou que o projeto apresenta várias incorreções no seu texto original e que ele não seria irresponsável em apresentar um parecer favorável, ”sem o preenchimento dos requisitos necessários para que as escrituras definitivas dos terrenos sejam legalizados, a Câmara não aprovará esse projeto”. O presidente Fiim sugeriu que fossem indicados moradores dessas localidades [não baderneiros e oportunistas], para formarem uma comissão que junto com os vereadores e o procurador geral do município fariam as correções e adequações necessárias ao projeto. Não aceitando a proposta e, em sinal de protesto, a coordenadora do programa de legalização fundiária, Zenaide Rocha, orientou os manifestantes para que se retirassem da sessão reunindo-os em frente ao prédio da Câmara, onde com o uso de um carro de som direcionou manteve as críticas direcionadas ao legislativo e ao vereador responsável pela parecer do projeto, o peemedebista Joaquim Caíres. Informações do Jequié Repórter