Responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, o juiz federal Sérgio Moro decidiu nesta quinta-feira (3/3) converter a prisão temporária de João Santana e Monica Moura, presos na 23ª fase da Operação Lava Jato, para preventiva. Com a mudança, os dois permanecem detidos, à disposição da Justiça, por tempo indeterminado. O pedido para a conversão foi feito pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF). Na requisição da PF, os delegados destacaram que é possível encontrar referência ao contato FEIRA e, ao lado, o nome de Mônica Moura, em uma agenda apreendida na residência de Maria Lúcia, secretária da Odebrecht solta na quarta-feira (2). ”Os telefones que seguem abaixo da anotação encontram-se todos vinculados a Mônica Moura e João Santana, não deixando qualquer margem para dúvida de que a pessoa ali referida se trata, de fato, da investigada Mônica Moura”, dizem os delegados. Segundo o juiz Sérgio Moro, as provas indicam que o relacionamento de João Santana e Mônica com a empresa acusada na Lava Jato, é maior do que o admitido pelos suspeitos e que eles teriam recebido da empresa quantias “bem mais expressivas do que aquelas já rastreadas” na conta na Suíça.