Pacientes com sintomas da dengue, zika ou chikungunya estão esperando mais de 10 horas por atendimento nos hospitais que atendem pelo SUS em Itabuna, no Sul do Estado. Na sexta (12/2), o tempo de espera era ainda maior no Hospital São Lucas, segundo o site Pimenta na Muqueca. Os hospitais não estão tendo capacidade de absorver a grande demanda em um tempo menor. Estão superlotado, principalmente porque as unidades básicas ou não funcionam ou não têm médico, conforme publicou o site local. A esperança é a abertura de central especializada. No São Lucas, pacientes afirmavam ter chegado às 8h da manhã. Era 18 horas e ainda não haviam sido atendidos. Leonora Maria de Jesus apresentava sintomas de doença transmitida pelo Aedes aegypti. Ela chegou ao São Lucas às 10h desta sexta. Às 18h, a idosa ainda aguardava atendimento. Sebastião Dutra, esposo de Leonora, não suportou a espera e o forte calor. Com o cair da tarde, resolveu se refrescar deitado no gramado do hospital, de onde também pode observar parte da paisagem de Itabuna. Só isso para amenizar a longa espera. Já no Hospital de Base, a promessa de, pelo menos, dois médicos atendendo pacientes com sintomas de vírus transmitidos pelo Aedes aegypti não vingou. Pacientes que chegavam no início da noite começaram a ser atendidos por volta das 22 horas. E por apenas um médico. O número de pacientes aguardando era superior a 100. Boa parte deles havia desistido de aguardar por atendimento no São Lucas e recorreu ao Hospital de Base. A esperança de redução no tempo de atendimento é a abertura de uma unidade especializada em vítimas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A central funcionará na Avenida do Cinquentenário, área central de Itabuna, no prédio da antiga Oduque Veículos. A central terá capacidade para até mil atendimentos diários e, de acordo com o secretário da Saúde, Paulo Bicalho, funcionará 24h por dia. A unidade será inaugurada neste mês.