Saúde: Plano de guerra antizika prevê gasto de R$ 120 mi e 30 centros de estudo da OMS

Aumentam os casos de microcefalia. Luiz Tito l Ag. A TARDE
Aumentam os casos de microcefalia. Luiz Tito l Ag. A TARDE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se lançou em uma corrida global contra o zika e o aumento dos casos de microcefalia. Os esforços têm como meta dar respostas ao fenômeno antes que essa situação atinja África e Ásia, regiões com as maiores taxas de natalidade do mundo. Nessa terça-feira, a entidade começou a desenhar seu plano de resposta, com criação de até 30 centros de pesquisa pelo mundo e gasto inicial de R$ 120 milhões. Mas já indicou que o custo para deter as doenças e o Aedes aegypti será de ”bilhões”. Uma unidade especial com cerca de 50 especialistas foi criada na entidade, liderada pelo canadense Bruce Aylward. A OMS vai padronizar diagnósticos de microcefalia e abrir centros para tentar identificar a doença pelo mundo. “Trata-se de um verdadeiro plano de guerra”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo um dos integrantes da equipe. Na segunda-feira, o surto de casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos em regiões com registro de zika vírus foi definido pela entidade como emergência internacional. À reportagem, Aylward indicou que a operação vai custar US$ 10,5 milhões (R$ 42 milhões) só ao ser implementada. Em dez dias, um fundo global será lançado, com um apelo a doadores. ”A operação vai certamente custar milhões de dólares”, confirmou Anthony Costello, integrante da nova unidade e diretor do Departamento de Saúde Infantil da OMS. Ninguém esconde que a meta é começar a dar respostas sobre o vírus antes que ele chegue à África e à Ásia, continentes com serviços de saúde ainda mais precários e onde o Aedes é endêmico. Nesta terça-feira (2/2), a Tailândia informou uma suspeita de zika e outros casos já surgem na Indonésia. Leia na íntegra