A Justiça brasileira quebrou o sigilo da denúncia contra o atacante Neymar. Nesta terça-feira (2/2), o MPF (Ministério Público Federal) publicou um extenso comunicado em que aponta novos detalhes da investigação que envolve o atleta, o pai dele, Neymar da Silva Santos, o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, e o atual, Josep Maria Bartomeu. O procurador-chefe Thiago Nobre Lacerda pede a condenação do quatro averiguados por falsidade ideológica e sonegação fiscal, crimes com penas de até cinco anos. A denúncia está com o juiz Mateus Castelo Branco, da 5ª Vara de Santos, que poderá recebê-la – transformando os personagens em réus – ou arquivá-la. O MPF aponta o pai de Neymar como “principal mentor e articulador de uma série de fraudes” para o uso do direito de imagem do jogador, uma forma de driblar o fisco a pagar menos impostos – no caso, um desfalque superior a 50%. Segundo a denúncia, o esquema utilizou três empresas da família de Neymar, a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e Empresarial, e a N&N Administração de Bens, Participações e Investimentos. Foram mais de dois anos de investigação, com colaborações da Justiça da Espanha, que resultaram em mais de seis mil páginas contra Neymar. A procuradoria afirma que as companhias não possuíam capacidade operacional condizente com a movimentação financeira. O volume de negócios, inclusive, é citado como um ”obstáculo à sonegação”. Informações do Globo.com