ACM Neto nomeia parentes de políticos em cargos técnicos com salários estratosféricos

Neto estoura recursos com aliados. Foto: Agecom
ACM Neto estoura recursos com aliados. Foto: Agecom

Reza a lenda que para se ter um bom cargo com alta remuneração há de ser amigo do rei. Um bom exemplo é a prefeitura de Salvador. Os maiores salários giram em torno de R$ 14 e R$ 19 mil. As funções variam entre assessor especial e assessor especial do prefeito. Os requisitos para ocupação do cargo são uma incógnita, mas alguns têm ligação de amizade com Neto, com o grupo do qual ele é oriundo e outros fazem parte do rol de novos aliados. Exemplo:  ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários e ex-deputado estadual, J. Carlos Silva rompeu com o governo do PT e se aliou a Neto. Em retribuição – ele tem votos no subúrbio -, ele virou assessor especial do prefeito, com salário de R$ 14.682,52. Na mesma linha de beneficiar os novos aliados, o deputado estadual Alan Sanches (sem partido) teve a irmã nomeada por Neto após romper com o governo de Rui Costa. Com o rompimento, o filho de Alan, vereador Duda Sanches (DEM), pulou para a base do prefeito. Em compensação, Ana Amélia Sanches foi nomeada assessora especial da prefeitura com salário de R$ 12.278. Ela havia sido exonerada em meados do ano passado do cargo de assessor técnica da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa). A exoneração foi um dos motivos que levaram Alan Sanches a romper com Rui. Os agraciados pelo prefeito vão desde ex-vereador, passando por filha de deputado federal, filho de aliado e parente ‘distante’ de ACM Neto. Os dados estão disponíveis no site do Tribunal de Contas dos Municípios (www.tcm.ba.gov). Filho do ex-deputado estadual Carlos Gaban com uma prima de Neto, Luís Henrique de Magalhães Gaban é secretário particular do prefeito, cujo salário é igual ao de J. Carlos. A filha do deputado federal Benito Gama, Taissa Teixeira Vasconcellos, foi nomeada recentemente diretora de Turismo da Prefeitura de Salvador. Antes de Benito romper com o governo do PT, Taissa era coordenadora da Superintendência de Construções Administrativas (Sucab), extinta na gestão atual. Leia na íntegra