Após as chuvas, os problemas no perímetro urbano de Jaguaquara se avolumaram e vão além dos alagamentos registrados no Centro da cidade e no bairro Lagoa, área considerada a mais afetada pelo temporal. Em outros bairros populares, a situação é bastante preocupante. A reportagem do Blog Marcos Frahm, desde segunda-feira(4/1), quando a chuva caiu pela primeira vez nesta semana, percorreu vários pontos da cidade, tendo constatado inúmeros problemas como: calçamentos danificados, água empossada, transformando vias públicas em lagoas, deixando as ruas intransitáveis, crateras colocando em risco a vida de pedestres, esgotos estourados, expondo pessoas a riscos de doenças, deficiência do serviço de limpeza pública, infiltrações e rachaduras em paredes de muitas casas localizadas em áreas de risco, como por exemplo na Rua Berardo Santos, no bairro Arco-íris, onde a chuva provocou deslizamento e levou parte da terra que sustentava a via, deixando casas na eminência de desabar.
A dona de casa Ilda Alves Ferreira, de 62 anos, relatou o drama vivido por ela e por outros moradores que tiveram casas invadidas pela água da chuva após o registro do deslizamento. ”Aqui tem gente que não tem como continuar dentro de casa, porque estamos vendo à hora de uma delas desabar. A gente sofre muito quando chove, e ninguém aparece para nos socorrer. Os políticos só vêm aqui em época de eleição, mas nessa hora difícil ninguém vem aqui ver o nosso sofrimento”, esbravejou a moradora, tendo informado que, desde quando Jaguaquara passou a ser atingida pelas fortes chuvas, na última segunda-feira, nenhum representante da Prefeitura esteve no local para verificar a gravidade dos estragos e ouvir os populares. ”Não vêm ninguém mesmo. Eu já pedi, minhas vizinhas já pediram e, eles, da prefeitura, não dão atenção. E olha que a gente pediu pra vim olhar a rua antes da chuva”, lamenta.
Além de Dona Ilda, outros moradores na rua esburacada reclamam da ausência do poder público municipal e revelaram que já teriam solicitado fiscalização da Prefeitura na rua, mas sem resposta. Já a Prefeitura, bastante criticada no local, foi procurada pela reportagem e informou ter realizado no ano anterior um serviço paliativo, com colocação de terra para evitar deslizamento, e que não dispõe de recursos no momento para uma eventual obra de contenção de encostas e que aguarda aprovação de projetos por parte do Governo Federal para atender as solicitações no Arco-íris e em outras áreas do município.