O diretor de fotografia húngaro Vilmos Zsigmond, vencedor do Oscar por ”Contatos imediatos do terceiro grau” (1977), morreu na sexta-feira passada, aos 85 anos. Entre cerca de cem trabalhos que acumulou em sua carreira, ele fez parceria com diretores consagrados como Robert Altman, Steven Spielberg, Brian De Palma e Woody Allen. A notícia só veio a público neste domingo, confirmada pelo seu amigo e parceiro de trabalho Yuri Neyman, em uma mensagem no Facebook. Quando os tanques da União Soviética invadiram a Hungria, em novembro de 1956, para abafar a revolta popular contra as medidas impostas pelo governo húngaro apoiado por Moscou, Vilmos Zsigmond era apenas um estudante de cinema em Budapeste. Junto com o amigo László Kovács, ele pegou sua câmera, filmou tudo o que pode e fugiu em seguida para os Estados Unidos, onde se estabeleceu em Los Angeles. Lá, ele e Kovács venderam as imagens da repressão soviética. Após trabalhar como técnico de laboratório, Zsigmond começou a sua carreira como diretor de fotografia em filmes de baixo orçamento na década de 1960. Seu primeiro trabalho a chamar atenção foi em 1971, com ”Quando os homens são homens”, de Robert Altman, que lhe rendeu uma indicação para o Bafta, o Oscar britânico. Seu uso de uma palheta de cores sem saturação deu ao western um tom melancólico e pouco convencional. Ele voltaria a trabalhar com Altman em outros filmes como ”O perigoso adeus”, de 1973. Nas duas décadas seguintes, ele seria um dos diretores de fotografia mais procurados de Hollywood, colaborando com diversos diretores como Michael Cimino, Martin Scorsese, Brian De Palma e George Miller. Informações de O Globo