Já em clima de Natal, os deputados estaduais votaram outras diversas matérias e, com isso, limparam a pauta de votação. Apesar da ”correria”, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL) ainda terá mais uma sessão antes de entrar em recesso. Na sessão ontem, marcada para as 10h, a Casa Legislativa apreciou três matérias enviadas pelo Executivo, além de projetos de lei de autoria dos parlamentares. Duas das matérias diziam respeito ao funcionalismo público e a outra tratava do Orçamento do Estado para 2016. Diferente das sessões anteriores, com registro de confusões e tumultos, a de ontem transcorreu na mais perfeita harmonia e o aparato de segurança solicitado pelo presidente da AL, deputado Marcelo Nilo (PDT), não teve tanto trabalho. Como a sessão extraordinária foi convocada pela Presidência na antevéspera das comemorações de Natal, as galerias desta vez estavam vazias. Apenas alguns servidores marcaram presença nas arquibancadas do plenário. Sem pressão, os deputados não tiveram dificuldade de votar e aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148, e o Projeto de Lei 21.660, que mudará concessões de vantagens aos servidores. Antes do início da sessão, servidores ligados a sindicatos da categoria distribuíram uma carta aberta para chamar a atenção dos deputados da base governista. No texto, os 35 sindicatos afirmaram que os parlamentares que votarem a favor das medidas ”sofrerão uma ruptura”. ”Todo o governante tem seu saco de maldade. Rui vai para televisão dizer que está tudo bem, mas é para jogar os servidores contra a população. Mas, sem o servidor público, a máquina do Estado não funciona, está precária e não adianta adotar o Reda [Regime Especial de Direito Administrativo]. No tempo da ditadura e da malvadeza, conseguimos ter esses direitos e, hoje, no tempo da ‘democracia’, estão sendo tirados”, criticou a presidente da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado (Fetrab), Marinal Nunes, em entrevista à Tribuna. As duas matérias foram aprovadas com os votos dos deputados governistas, que compareceram em peso para a votação em plenário. A oposição votou contra. O deputado Targino Machado (DEM) subiu à tribuna da Casa ontem para criticar o governo petista, mas culpou o presidente Marcelo Nilo pela aprovação do que chamou de ”pacote de maldades” na Casa de Leis da Bahia. Informações do Jornal Tribuna da Bahia