Economia: Dilma quer meta fiscal menor para evitar corte no programa Bolsa Família

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Dilma sinaliza redução da meta fiscal. Foto; Roberto Stuck

A presidente Dilma Rousseff sinalizou ontem com a redução da meta fiscal proposta para 2016, que é um superávit primário de R$ 43,8 bilhões, ou 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) para o setor público consolidado. A ideia em discussão ontem no Palácio do Planalto era baixar o esforço fiscal para algo em torno de 0,5% do PIB. Essa seria uma forma de evitar o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família proposto pelo relator do Orçamento de 2016, Ricardo Barros (PP-PR), para garantir a meta de 0,7% do PIB. A decisão de Dilma contraria o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que já ameaçou deixar o cargo caso o esforço fiscal do ano que vem seja inferior a 0,7%. Como a presidente ainda não bateu o martelo, e a meta de 2016 só será votada hoje à noite — está na pauta do Congresso —, o ministro continuou brigando e ontem chamou parlamentares da Comissão Mista de Orçamento (CMO), para tentar convecê-los da importância de entregar o superávit primário já prometido para o ano que vem. Ele também reclamou que medidas provisórias do ajuste fiscal não foram aprovadas pelo Congresso.”Acho que, para o país, seria importante ter uma meta de 0,7%. Mas não adianta falar em meta se não aprovarem os instrumentos para aumentar a receita” disse Levy, segundo participantes do encontro. Informações de O Globo