Um grupo de moradores do bairro São Batista, em Jaguaquara, realizou um protesto no fim da tarde desta quarta-feira (2/12), nas vias públicas da cidade, indo parar no escritório da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na Rua Ciqueira Campos, Centro, onde onde os moradores se aglomeraram com gritos de ”queremos água” em frente à sede da Embasa. Com baldes vazios, os consumidores cobraram a presença do gerente da Embasa, tendo sido informados pelos seus subordinados de que o superior não estava presente e que acompanhava uma equipe técnica que realizava reparos numa rede de distribuição que rompeu na zona rural, região onde localiza-se a Barragem do Baixão, um dos reservatórios utilizados para o abastecimento de água. Desde segunda-feira (30/11), moradores sofrem com a falta de água nos mais variados bairros de Jaguaquara, mas os manifestantes desta quarta, residentes no São João Batista, dizem que não cai água por lá a cerca de uma semana e que sofrem com oscilações no abastecimento há um mês. A Embasa revelou que o fornecimento foi suspenso em toda a Jaguaquara por conta do rompimento da rede e a previsão é de que o serviço seja normalizado a partir desta quinta-feira (3/12). ”A gente não tem água em casa, pra nada. Já faz um mês que a água vem caindo aos poucos e de uma semana pra cá, não caiu mais uma gota. A gente liga e eles dizem que vão resolver, resolver e nada”, desabafou a dona de casa Maria de Souza, em contato com o Blog Marcos Frahm.
Os manifestantes deixaram o local com a promessa de que o problema será sanado. A população tem feito reclamações frequentes sobre a falta de água no município, que registra temperaturas elevadas, com calor intenso atingindo até mais de 35 graus . Além dos problemas técnicos que a Embasa alega enfrentar, a falta de chuva na região vem fazendo com que o nível da Barragem do Baixão, que fica localizada há 14 Km da sede do município, diminua cada vez mais. A barragem abastece ainda Itaquara e Irajuba, cidades circunvizinhas, onde os munícipes também lamentam a falta d´água. O segundo reservatório utilizado é o Rio das Almas, também na área rural. No momento, a única recomendação possível é de que a população use o recurso com moderação.
