Para garantir a ampliação do projeto de criação de mosquitos Aedes aegypti transgênicos no estado, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, esteve na empresa Moscamed, única biofábrica de insetos do Brasil, localizada no município de Juazeiro, na região norte. O encontro ocorreu um dia após a visita [20] do ministro da Saúde, Marcelo Castro, a Salvador, quando ficou acertado que o projeto seria incluído na estratégia nacional de combate as doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, chikungunya e zika. Na ocasião, foi solicitado à Moscamed um cronograma e a previsão de investimento para a expansão do projeto, que será desenvolvido sob a coordenação do subsecretário da Saúde da Bahia, Roberto Badaró. Segundo Vilas-Boas, a estratégia é ampliar a iniciativa, hoje presente somente em Jacobina, para as 20 cidades com maior incidência de arboviroses em todo o estado. Inicialmente, serão identificados os bairros mais afetados de cada município, a fim de que haja liberação dos mosquitos transgênicos e redução da população selvagem. ”Temos a convicção de que estratégias alternativas de combate ao mosquito devem ser estimuladas, pois ele se tornou a principal ameaça à saúde pública do País, visto que é vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika”, ressalta Vilas-Boas. Ele enfatiza que essas doenças estão possivelmente relacionadas ao aumento do número de casos da síndrome de Guillain-Barré e de microcefalia, sobretudo, no Nordeste. A estratégia da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) inclui ainda a utilização de aplicativos para smartphones nas plataformas Android e iOS. A ideia é que qualquer pessoa possa avisar aos órgãos competentes o local exato de incidência dos focos do mosquito, utilizando para isso o GPS como tecnologia para o georreferenciamento. Assim, o combate do mosquito pelos agentes de endemia será mais eficaz.