Em Jaguaquara, uma das cidades baianas em situação de emergência por conta das fortes chuvas que atingiram o Estado neste mês de janeiro, moradores de bairros populares ainda sentem os reflexos do temporal, que provocou alagamento, desabamento de casas e fez o Rio Casca, que corta a cidade, transbordar por três vezes, nos últimos dias 4, 5 e 25. Para o superintendente da Defesa Civil, Rodrigo Hita, que visitou os bairros Casca e Lagoa neste sábado (30/1), acompanhado do vice-governador João Leão e do prefeito Giuliano Martinelli, a construção de um conjunto habitacional para alocar famílias que perderam suas casas, e outras que estão em áreas de risco, é a principal alternativa para minimizar os problemas na área de infraestrutura e evitar novos transtornos quando a chuva voltar a cair no município. ”O ideal é tirar qualquer morador de área de risco, mas isso não é tão rápido e em todas as cidades tem esses problemas e o que a gente tem que fazer agora e verificar os desabrigados, os que não podem voltar pra suas casas por conta das casas estarem com a estrutura danificada e colocar essas pessoas no aluguel social. Os que foram desalojados e que podem retornar deverão retornar e a gente evitar que eles venham a perder suas casas no futuro, buscando um programa habitacional. Como Jaguaquara tem mais de 50 mil habitantes pode entrar no Minha Casa, Minha Vida 3 e, aí, com a situação de emergência facilita no Ministério das Cidades a busca pelo benefício”, sugeriu Rodrigo durante entrevista ao Blog Marcos Frahm.
De acordo com a primeira-dama e secretária municipal de Desenvolvimento Social, cerca de trinta famílias tiveram que abandonar as suas casas depois das fortes chuvas e estão tendo o auxílio da Prefeitura de Jaguaquara com o aluguel-social. Rodrigo Hita diz que constatou muitos problemas e que ”o estado já homologou o decreto de situação de emergência e agora nós estamos buscando o reconhecimento federal”. ”Nós também já entramos com assistência no envio de colchões, e agora também vamos enviar cestas básicas para as pessoas que estão saindo de suas casas. O momento agora é de lutar. A gente viu muitos problemas, mas o que a gente pode fazer de imediato é tentar incluir Jaguaquara nos municípios monitorados para a gente saber quando a chuva vai chegar com mais antecedência e fazer um plano de contingência nas áreas de mais risco e quando chover a população ter um local para onde ir, a Defesa Civil municipal acolher as pessoas”, explicou Hita. Segundo o superintendente, já são 20 o número de cidades baianas em situação de emergência.