Uma negociação para a aquisição de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África, em 2005, teria gerado propina de até R$ 50 milhões para o financiamento da campanha de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, segundo depoimento do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, apontou o jornal Valor Econômico. De acordo com a publicação, o ex-executivo da estatal teria feito as declarações a investigadores da Operação Lava Jato antes de fechar acordo de delação premiada, em novembro do ano passado. Cerveró teria conseguido as informações com Manuel Domingos Vicente, que presidiu o conselho de administração da estatal petrolífera angolana (Sonangol) e atualmente é vice-presidente daquele país. ”Manoel Vicente foi explícito em afirmar que desses US$ 300 milhões pagos pela Petrobras a Sonangol, companhia estatal de petróleo de Angola, retornaram ao Brasil como propina para financiamento da campanha presidencial do PT valores entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões”. As negociações teriam sido articuladas por membros do alto escalão dos governos brasileiro e angolano. O então ministro da Fazenda Antônio Palocci era o principal representante brasileiro na negociação, de acordo com Cerveró. Por meio de nota enviada à imprensa, Palocci negou participação em qualquer tratativa política do tema. Leia mais