O promotor de Justiça, Lúcio Mendes, reconhecido como um dos principais envolvidos na implantação do Conselho Tutelar de Jaguaquara e que acompanhou pessoalmente o processo de restauração do prédio cedido pela Associação de Proteção a Maternidade e a Infância, para instalação do Conselho Tutelar lembrou que esse instrumento de proteção foi criado dentro do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, com o propósito de zelar pelos direitos da criança e do adolescente. ”Nós temos que olhar com carinho e prioridade para as crianças e adolescentes, sobretudo as que precisam desses conselhos, que atuam em vias de regra em atenção aos carentes, não que os mais favorecidos vez por outra não precisam, mas na esmagadora maioria das vezes são crianças carentes que estão com os seus direitos mais básicos, a exemplo da alimentação, sendo violados. Se vocês tivessem a oportunidade de ver o que um conselheiro tutelar constata na execução de seu serviço, nos bairros mais carentes, vocês entenderiam melhor o que é uma criança e um adolescente com os direitos violados. Não há algo mais triste”. Dr. Lúcio afirmou que foi com base nessa necessidade e por ter os conselheiros considerados por ele os mais atuantes do Estado que o Ministério Público e a Justiça uniram forças para implantação do prédio do conselho e que, mais importante do que o prédio é o papel do conselheiro, ”e o de Jaguaquara é diferenciado”, assinalou o promotor. Acrescentou ainda que a Prefeitura tem colaborado constantemente com o conselho, tendo destinado um veículo padronizado, o que a maioria dos municípios não dispõem, lembrando que os salários dos conselheiros foram dobrados na atual gestão. Disse ainda que foi criada a casa lar, no município, sendo uma das poucas da região contando com padrão de qualidade e tudo que é requerido para a criança e o adolescente que é atendido prontamente. Ele lembrou que as ações protetivas de crianças e adolescentes lidam com recursos escassos, mas não há outro parâmetro, outro paradigma nas cidades vizinhas”. Ao falar do empenho e da união dos poderes para a sede do conselho, disse que, ”isso mostra que para melhorarmos o país só o faremos com o empenho e a organização da sociedade organizada. Não adianta se limpar o Rio Casca se os moradores continuarem despejando dejetos nele. É preciso mudar a nossa cultura e organização e isso só com Educação”. Enfatizou ainda que todas as pessoas que ocupam cargos públicos são responsáveis por melhorar a Educação que só tem piorado, ”ou melhoramos a Educação ou não há solução”, finalizou. *Nota original do Blog Marcos Frahm