Trans e travestis participam de ”mutirão” para troca de nome e gênero em Salvador

Mutirão foi realizado nesta sexta-feira. Foto: Phael Fernandes / G1

Um mutirão gratuito para alteração do nome e gênero nos documentos, realizado na manhã desta sexta-feira (15), atraiu mulheres e homens trans, além de travestis, para a Estação Nova Lapa, em Salvador. Em 1º de março de 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que transexuais e transgêneros podem alterar o nome no registro civil sem a necessidade de realização de cirurgia de mudança de sexo. Além disso, o STF também determinou que não é preciso autorização judicial para que o transexual requisite a alteração no documento, que pode ser feita em cartório. Os atendimentos do mutirão, promovido pela Defensoria Pública do Estado (DPE), começaram por volta de 11h e seguiram até 13h. Os interessados tiveram que levar o máximo de documentos possível, para conseguir a declaração que autoriza a retificação no cartório de registro civil. Uma das pessoas que procuraram os serviço do mutirão foi Yuri Carvalho Ferreira. Nascido Analice Carvalho Ferreira, há 32 anos, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, Yuri conta que nunca se identificou com o nome e nem como se via. ”Eu percebi que eu não era Analice desde muito novinho. Desde quando eu tinha uns 15 para 16 anos, mas eu tinha muito medo de me assumir pra família”, completou. Nessa época, Yuri começou a se apresentar como lésbica para as pessoas, com medo de ser rejeitado pela família. Mas tudo mudou quando ele engravidou de uma menina, em 2007. Desde então, ele tem lutado para mostrar quem realmente é. Um dos passos foi feito em 2018, quando ele fez seis meses de sessões de harmonização – que estão paradas desde que ficou desempregado. O passo atual é a luta pela retificação do nome nos documentos. G1