Preso na Lava Jato, presidente da Odebrecht pede destruição de e-mail, diz PF

A Polícia Federal (PF) apreendeu, na última segunda-feira (22/6), um bilhete no qual o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, escreveu a frase “destruir e-mail sondas”. O bilhete foi endereçado aos advogados dele e interceptado pelos agentes da PF que fazem a vigilância da carceragem da Superintendência em Curitiba, onde o executivo está preso desde sexta-feira (19). Entre as frase escritas no bilhete, aparecem os dizeres “destruir e-mail sondas RR”. Para a PF, Marcelo se referia a Roberto Prisco Ramos, executivo da petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht. Após tomar ciência do ocorrido, o delegado responsável pela Operação Lava Jato pediu aos advogados do executivo que apresentassem o bilhete original e justificassem a expressão usada por Odebrecht, sendo que o bilhete original não foi retido pela PF. Ao delegado, os advogados Rodrigo Sanches e Dora Cavalcanti alegaram que o verbo destruir se referia à “estratégia processual, e não à supressão de provas”. Eles explicaram que o documento original foi levado por outro advogado para São Paulo, onde fica a sede da empreiteira. Em justificativa enviada ao juiz Sérgio Moro, os advogados afirmaram que a ordem não tinha objetivo de autorizar a prática do crime. Leia mais.