A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (21/6), uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro que atuava em Pernambuco e Goiás. Segundo a PF, o grupo teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010. A operação batizada de ”Turbulência” iniciou a partir da análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave, que transportava o ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência da República, Eduardo Campos, em seu acidente fatal. Segundo a PF, essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de ”laranjas”, e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas no bojo da Operação Lava Jato. Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de ”caixa dois” de empreiteiras. O esquema criminoso sob apuração encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010. A Polícia Federal cumpre 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva.
