Após exonerar diretor preso com Geddel, Neto diz que confia em secretários do PMDB

ACM promove mudanças no secretariado. Foto: Valter Pontes

Após exonerar o ex-diretor da Codesal, Gustavo Ferraz, preso pela Polícia Federal, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse que não cogita tirar do cargo secretários ligados ao PMDB. Um deles é Almir Melo, da Infraestrutura. ”Isso nesse momento não está em avaliação. O que fizemos foi uma mudança imediata que foi a exoneração de Gustavo Ferraz da Codesal. Não vou permitir que se coloque nuvem de dúvida sobre meus colaboradores. Os secretários ligados ao PMDB gozam de minha confiança”, garantiu, na manhã desta terça-feira (19), na inauguração do Cras de Valéria, quando também anunciou mudanças no secretariado. ”A mudança acontece em um clima de absoluta continuidade do trabalho da prefeitura. Todo o plano que foi traçado é de soluções caseiras, com pessoas que já estavam na administração, que tá têm conhecimento pleno da cidade. Vamos sempre procurar manter essa coerência, portanto não muda nada”, prosseguiu. Sobre a queda de Marcílio Bastos do comando da Secretaria de Manutenção, Neto negou que a decisão tenha partido de pressão do PRB. ”A prefeitura tomou uma decisão de fortalecer a Desal. Não consegui encontrar nome melhor do que Marcílio Bastos de tocar os trabalhos que estão relacionados à Desal. Conversei com o PRB sim, mas escolhi um nome técnico”, completou. Com informações do Bocão News

Relator da reforma política aposta na votação da mudança do sistema eleitoral

Vicente Cândido (PT-SP) é o relator. Foto: Agência Câmara

O relator da reforma política na Câmara, Vicente Cândido (PT-SP), disse hoje (19) que acredita que os deputados votarão ainda esta semana as propostas de mudanças no sistema político-eleitoral brasileiro que estão em análise no plenário. Cândido aposta que os deputados não vão deixar para o Judiciário a definição das regras das próximas eleições. ”Eu, como relator e cristão por natureza, tenho por obrigação ser sempre otimista. Acho que é possível ainda votar, eu estou trabalhando a tese de que a Câmara e o Congresso Nacional não cometerão a irresponsabilidade de não regrar as eleições de 2018, deixá-las sobre as regras das atuais eleições. Nós vamos deixar uma eleição gerida pelo Supremo Tribunal Federal, pela Justiça Eleitoral e pelo crime organizado. Acho que ninguém quer pagar pra ver e será um cenário muito ruim para os congressistas, principalmente para aqueles que vão pedir voto para reeleição”, declarou o deputado. Cândido é relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que institui um novo sistema eleitoral e um fundo público para financiar as campanhas e do projeto de lei que regulamenta o funcionamento do fundo e estabelece limites de doação para as campanhas políticas. A PEC é item único da pauta desta terça no plenário. O deputado chegou bem cedo à Câmara e afirmou que o dia será de muitas negociações. Ele deve se reunir com o presidente em exercício da Casa, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), e com líderes partidários. O relator adiantou que há um acordo para tirar a previsão de criar o fundo público de financiamento de campanhas da PEC 77/03 e deixá-lo apenas no projeto de lei que foi aprovado na comissão especial. Na PEC, ficaria apenas a adoção do voto majoritário e na legenda para eleições proporcionais de 2018 e 2020 (mudança que foi inserida na última sessão) e a instalação do voto distrital misto (modelo alemão) a partir de 2022. A estratégia visa a facilitar a aprovação do fundo. Se continuasse atrelado à PEC, o fundo precisaria de no mínimo 308 votos, entre os 513 deputados, para ser aprovado, por se tratar de uma mudança constitucional. Como lei ordinária, a proposição pode ser aprovada com maioria simples dos deputados presentes no plenário. ”Na lei ordinária, o único momento em que eu preciso de 257 votos é pra colocar [a matéria] na pauta, em regime de urgência. A partir daí é votação simples, basta ter o quorum de 257, o que facilita muito a vida aqui da Câmara Federal. Eu estou apostando num acordo e na consciência das bancadas, que a Câmara tem que dar uma resposta ao Brasil sobre as eleições”, afirmou. Informações da Agência Brasil

Lula lidera intenções de voto em todos os cenários para presidente, diz pesquisa da CNT

Lula venceria as eleições presidenciais. Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria as eleições presidenciais em todos os cenários, mostra pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 19, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparece em segundo lugar em todos os cenários testados. Segundo o levantamento, Lula teria hoje com 20,2% das intenções de voto espontânea para presidente, ante 16,6% no levantamento CNT/MDA divulgado em fevereiro deste ano. Em seguida, aparecem Bolsonaro, com 10,9% (ante 6,5% em fevereiro); seguido pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2,4% (ante 0,3% em fevereiro). O resultado sai uma semana depois de o ex-presidente Lula prestar depoimento pela segunda vez ao juiz federal da Lava Jato, no âmbito da Operação Lava Jato, e dez dias depois das declarações do ex-ministro Antonio Palocci incriminando Lula. Também em depoimento a Moro, Palocci afirmou que Emílio Odebrecht e Lula tinham um ”pacto de sangue” para propina. Doria aparece na frente até mesmo da ex-senadora Marina Silva (Rede) e de seu padrinho político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Se as eleições fossem hoje, Marina teria 1,5% das intenções de votos espontânea, ante 1,8% em fevereiro, enquanto o governador paulista teria 1,2%, ante 0,7% no levantamento anterior. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece em sexto lugar, com apenas 1,2% das intenções de voto espontânea, seguido pelo senador Álvaro Dias (Podemos -PR), com 1%; pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), com 0,7%; pelo atual presidente Michel Temer (PMDB), com 0,4%. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), aparece em último, com 0,3%. Leia mais no Estadão.

Pesquisa mostra o presidente Michel Temer com a pior aprovação da série histórica

Presidente Michel Temer com alta rejeição. Foto: Beto Barata

O presidente Michel Temer (PMDB) registrou a pior aprovação pessoal e de governo da série histórica da pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, 19, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Do ponto de vista de avaliação de governo, a série histórica da pesquisa começou a ser registrada pela CNT em julho de 1998, durante o segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De lá para cá, Temer é o presidente da República com a pior avaliação. Segundo os dados do levantamento, a avaliação negativa do peemedebista alcançou 75,6% neste mês de setembro. Até então, o pior desempenho era da ex-presidente Dilma Rousseff, que teve índice de 70,9% em julho de 2015. Temer também é dono do pior desempenho pessoal da história, avaliação que começou a ser medida em 2001. Isso porque 84,5% desaprovam o desempenho do presidente, segundo dados deste último mês de setembro. A 134.ª pesquisa CNT/MDA foi realizada entre os dias 13 e 16 de setembro. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 unidades federativas, das cinco regiões. A margem de erro é 2,2 pontos porcentuais, com 95% de nível de confiança. Se as eleições presidenciais fossem hoje, num eventual segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria em todos os cenários, de acordo com a pesquisa. De acordo com o levantamento, o adversário mais competitivo em 2018 seria o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Nesse cenário, Lula venceria com 40,5% contra 28,5% do parlamentar. O percentual de Bolsonaro é próximo, contudo, do conquistado por Marina Silva (Rede), a segunda adversária mais competitiva diante de Lula. Ela ficaria com 25,8% ante 38,9% do petista. Marina apresentou uma queda, contudo, em relação ao último levantamento. Em fevereiro, ela tinha 27,4% contra 38,9% do petista, num eventual segundo turno. O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), seria o candidato mais competitivo do PSDB, à frente do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Doria teria 25,2% contra 41,6% das intenções de voto de Lula. Já Alckmin alcança 23,2% da preferência contra 40,6% do petista.

Lula é o plano A, B e Z do PT

Só pode ser vista como tática de pressão política sobre o Tribunal do Santo Ofício de Curitiba (forma apropriada como o bravo jornalista Mino Carta se refere aos justiceiros do Paraná) a proposta de alguns dirigentes do PT de boicotar as eleições de 2018, caso Lula seja alijado da disputa. A ideia seria dar desdobramentos práticos e radicalizados à palavra de ordem “eleição sem Lula é fraude.”

Alguns petistas pregam inclusive o alargamento do boicote, com o partido se negando a lançar candidatos à Câmara dos Deputados e ao Senado. E, seja por coerência ou efeito cascata, o PT também abdicaria de disputar os governos estaduais e as vagas nas assembleias legislativas. A meu ver, tudo da boca para fora. Não pode ser levada a sério a entrega de mão beijada não só da presidência da República e governos aos carrascos do povo, mas também de todas as cadeiras dos parlamentos.

Já imaginou no que se transformaria o Brasil caso o maior partido de esquerda abandonasse a institucionalidade? A julgar pelo ódio que a elite sente pelo nosso povo, estaríamos a um passo da volta do regime escravocrata. Teríamos a consolidação definitiva da roubalheira do dinheiro público e todas as riquezas nacionais seriam dilapidadas a céu aberto, de forma bem mais escancarada do que já ocorre no governo golpista de Temer. Nesse cenário a repressão aos movimentos sociais e a caçada às vozes da imprensa alternativa são mais do que previsíveis. A ditadura judicial-parlamentar fincaria raízes.

Embora de sinal trocado, lembro de um boicote semelhante. Ele ocorreu em uma das eleições venezuelanas ocorridas em passado recente, quando a oposição ao então presidente Hugo Chávez decidiu não lançar candidatos em protesto contra o avanço da revolução bolivariana. O resultado se revelou trágico para as forças de oposição, pois os chavistas ficaram à vontade para implementar seu programa de forma acelerada. A direita da Venezuela, que hoje optou pelo golpismo, pela sabotagem e por ações de terror faz profunda autocrítica da não participação nesse pleito.

Lula é o elemento central da sucessão, sendo ou não candidato. E o PT deve seguir apostando nas caravanas, fator de acúmulo de força política e espaço privilegiado para a denúncia da caçada sofrida pelo maior líder popular do país por parte da ditadura judicial-midiática. Esses périplos pelas entranhas da Brasil têm o condão de fazer Lula retomar a iniciativa política e acuar seus adversários. Sem falar que é um campo no qual ele não tem concorrentes nem aqui nem em qualquer lugar do planeta.

Até que o TRF-4 julgue o recurso da defesa do ex-presidente, provavelmente até julho de 2018, Lula deve assumir de forma cada vez mais ostensiva sua condição de candidato. E, não é verdade que uma eventual e provável condenação em 2ª instância, no jogo sujo de cartas marcadas  armado para impedi-lo de ser candidato, signifique sua automática exclusão da eleição presidencial. Ainda restariam possibilidades de recursos ao STJ e ao STF. Em 2014, nada menos que 28 candidatos concorreram amparados por liminares concedidas por tribunais superiores.

Se tudo der errado, sobra ainda o caminho da resistência popular, da insubordinação e da desobediência civil. Contudo, como lembrou o professor Aldo Fornazieri em artigo publicado dias atrás, isso não acontecerá espontaneamente a partir da revolta das dezenas de milhões de pessoas que vêm em Lula sua única esperança. Ou o PT dirige e organiza a luta, ou ela se limitará a duas ou três manifestações sem consequência.

Ao fim e ao cabo de tudo isso, se a inabilitação de Lula se consumar, ele deve atuar na campanha com agenda de candidato, pedindo voto para o candidato do PT em todos os comícios, viajando por todo o país e ocupando espaço privilegiado na propaganda de rádio e televisão, tal qual um candidato não candidato. Sua eventual prisão, hipótese que considero remota, pode gerar uma comoção de consequências imprevisíveis. Mesmo encarcerado, Lula não perderá a condição de maior cabo eleitoral do país.

Como se vê não faz sentido o partido mergulhar agora no debate sobre um plano B para o caso de Lula não poder concorrer.Primeiro porque ainda há muita lenha para queimar. E depois porque até as cinco pontas da estrela do partido sabem que a vaga está entre Fernando Haddad e Jaques Vagner. Que tal os dois se transformarem desde já em companhias fixas de Lula nas andanças pelo país?

PS : A pesquisa da CNT divulgada nesta terça-feira (19/9) mostra que Lula é um fenômeno a ser estudado por muitos anos no futuro. Que outro político do Brasil e do mundo, hoje ou no passado, seria capaz de sobreviver ao massacre que ele sofre ?  Depois que Palocci decidiu fazer o jogo do inimigo, diversos colunistas da mídia monopolista cravaram pela milésima vez a morte política de Lula. De novo deram com os burros n’água. Pelo levantamento, feito depois da deduragem de Palocci, Lula não sofreu um arranhão sequer e segue vencendo em todos os cenários, contra qualquer adversário.

*Por Bepe Damasco

As Pedras de Minas Gerais

No restaurante do aeroporto Santos Dumont, no Rio, almoçaram, em 1942, cinco amigos, mineiros ilustres: Virgílio de Melo Franco, Luís Camilo de Oliveira Neto, Pedro Aleixo, Afonso Arinos de Melo Franco e José de Magalhães Pinto.

Conversavam sobre o livro do padre José Antonio Marinho, “História do Movimento Político de 1842”, a histórica batalha de Santa Luzia, perto de Belo Horizonte, em que três mil mineiros em armas, completamente equipados, inclusive com artilharia, haviam enfrentado as forças imperiais.

Os cinco mineiros buscavam uma maneira de comemorar o centenário da rebelião mineira. Não conseguiram. Quem comemorou foi a ditadura de Getúlio Vargas, numa cerimônia, no local da batalha perdida, em Santa Luzia, em homenagem a Caxias. P general que esmagou os mineiros rebeldes.

Eles queriam fazer alguma coisa que sinalizasse a reação à ditadura.

Em agosto de 1943, a delegação de Minas ao congresso jurídico nacional, organizado pelo Instituto de Advogados do Brasil, retirou-se, em companhia da delegação do Rio, em protesto porque o governo proibiu o congresso de tomar deliberações sobre pontos da maior importância.

Um almoço de desagravo, no Rio, reuniu 150 pessoas em solidariedade a Pedro Aleixo, presidente da delegação da Ordem dos Advogados Mineiros ao congresso.

Uma tarde, no Banco do Brasil, onde ambos eram advogados, Afonso Arinos e Odilon Braga discutiam a necessidade de ser preparado e divulgado um documento, um manifesto aos mineiros sobre a situação nacional. Odilon Braga escreveu logo um esboço. Virgílio de Melo Franco, sabendo do assunto, preparou também um anteprojeto.

Um terceiro texto foi escrito por Dario de Almeida Magalhães. Fizeram uma reunião na casa de Virgílio e juntaram os três em um só. E em um almoço no restaurante do aeroporto, a que compareceram os três redatores e mais Luís Camilo, Afonso Arinos, Pedro Aleixo e Magalhães Pinto, foi aprovado. E ainda mandaram para Belo Horizonte, para Milton Campos dar seus palites.

Luís Camilo e Virgílio de Melo Franco encarregados de pegaram as assinaturas, no maior sigilo, porque, se a polícia de Vargas tomasse conhecimento, iria abortar. Na última hora, como acontece no Congresso, alguns que já haviam assinado retiraram as assinaturas.

Mas saiu. Assinado por 88 líderes mineiros, impresso às escondidas em uma tipografia de Barbacena, com a data de 24 de outubro de 1943, aniversário da revolução de 30), o “Manifesto dos Mineiros”, sob o título de “Ao Povo Mineiro”, começou a ser mandado aos pacotes e distribuído, também sigilosamente, em todo o país.

Numa manhã, em que ia para o centro do Rio com o cunhado José Tomás Nabuco, Virgílio de Melo Franco cruzou na praia de Botafogo com a chefe de Polícia do Rio, João Alberto, que lhe disse:

– Aquela pedra que vocês lançaram da montanha ninguém mais pode parar.

Getúlio sabia o peso que aquela pedra tinha.

Setenta e cinco anos depois o Brasil esta precisando de quem jogue uma nova pedra. Os partidos não sabem para onde vão. A universidade está sem caminho. A imprensa perdida em interesses miúdos. Chegou a hora de se construir uma bandeira que comande as esperanças nacionais. As eleições de 2018 estão ai, na porta. Os idiotas da direita e da esquerda imaginam uma solução fora da Constituição. Ilusão. Pela primeira vez, 75 anos depois, as Forças Armadas estão ensinando que fora da Constituição não há salvação.

Itiruçu: Governo do Estado entrega trator para agricultores familiares do município

Lideranças de Itiruçu recebem trator. Foto: Mateus Pereira

Associações da área rural dos municípios de Itiruçu e Maracás, no Vale do Jiquiriçá, foram contempladas, nesta segunda-feira (18), com entrega de tratores agrícolas pelo Estado, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural. A entrega dos equipamentos aconteceu em Feira de Santana, feita pelo governador Rui Costa, pelo secretário Jerônimo Rodrigues e pelo deputado estadual Euclides Fernandes, autor da solicitação, durante cerimônia de inauguração do novo viaduto que liga a Avenida Nóide Cerqueira à BR-324, em Feira. Para Itiruçu, foi destinado um trator que irá servir a Associação Povoado da Vitória dos Hortifrutigranjeiros, e quem representou o município no ato foi o vice-prefeito Júnior Petrukio, acompanhado do vereador Jô de Ju e de membros da associação. Já no município de Maracás, foi beneficiada, também com um trator, a Associação Comunitária da Capivara, e o prefeito Soya Novaes recebeu das mãos de Rui a chave do equipamento agrícola.

Ministro convoca comandante do Exército para avaliar punição a general sobre intervenção militar

Ministro Raul Jugmann. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, pediu explicações ao comandante do Exército sobre a fala de um general da ativa sugerindo que pode haver intervenção militar caso o Poder Judiciário não solucione ”o problema político” do país. A declaração foi feita na última sexta-feira (15). Em nota divulgada nesta segunda-feira (18), o ministro fala que foram discutidas ”medidas cabíveis a serem tomadas”’ em relação ao general Antonio Hamilton Mourão, secretário de Finanças do Exército. O comunicado, no entanto, não diz expressamente qual medida será tomada. A legislação militar veda a oficiais manifestações sobre o quadro político-partidário sem autorização expressa do Comando do Exército.

Em reunião, PMDB da Bahia banca Pedro Tavares como presidente estadual do partido

Tavares segue na presidência do PMDB. Foto: Divulgação

As principais lideranças do PMDB da Bahia se reuniram, na tarde desta segunda-feira (18), para traçar as estratégias que podem reequilibrar o partido após a prisão de Geddel Vieira Lima em decorrência da operação Cui Bono, que encontrou mais de 51 milhões de reais em espécie em um apartamento emprestado ao ex-ministro. O presidente em exercício, deputado estadual Pedro Tavares, foi mantido no cargo e recebeu o apoio dos outros quatro colegas de bancada estadual, além do de atores como Colbert Martins (vice-prefeito de Feira de Santana), Herzem Gusmão (prefeito de Vitória da Conquista) e outros peemedebistas. A necessidade de oxigenação do partido foi levantada na reunião que também, após intenso debate, ”aprovou” a abertura dos portões para receber novas lideranças que devem vir sem condicionantes. Muito se fala na chegada do prefeito de Feira, José Ronaldo, que trocaria o DEM pelo PMDB para assegurar uma vaga na chapa majoritária de 2018. Outro nome especulado no partido é o do secretário de Governo, Antonio Imbassahy, desgastado no PSDB após as denúncias da Lava Jato afetar sobremaneira o ”padrinho” do ex-prefeito de Salvador no ninho tucano, senador Aécio Neves. Um terceiro nome que tem se movimentado em Brasília para tentar uma vaga no partido que tem o maior tempo de televisão e acesso ao fundo partidário é o do deputado federal Arthur Maia (PPS).  O político da região de Bom Jesus da Lapa assumiu o desgaste de ser o porta-estandarte da reforma previdenciária e além de receber grande aporte de recursos em ministério caiu nas graças de Michel Temer, presidente do país e cabeça influente no PMDB nacional. Segundo deputados ouvidos pelo site Bocão News, o fato de o partido abrir as portas não significa que dará aos interessados lugar cativo. ”Não tem isso de chegar com lugar na majoritária garantido ou tomar partido para si”. Para além, a executiva do partido vai se reunir de 15 em 15 dias até que a poeira abaixe.

João Leão minimiza chances de túnel substituir ponte até Itaparica e quer obras em 2018

Leão fala sobre o projeto da ponte. Foto: Blog Marcos Frahm

O vice-governador João Leão (PP-BA) não acredita na possibilidade de um túnel substituir o projeto da ponte para fazer a ligação entre Salvador e a Ilha de Itaparica. A sugestão foi levantada pelo governador Rui Costa na última semana. No entanto, Leão aponta que a nova proposta levaria muito tempo para sair do papel, enquanto a sua intenção é dar início às obras já no próximo ano. ”Eu acho muito difícil isso dar certo, eu continuo com ponte. O governador viu uma sugestão de um engenheiro chinês que achava que podia ser um túnel. O governador disse para ele apresentar a sugestão, se for mais barato, mais viável, nós queremos. Mas nós temos pressa e para o sujeito fazer um projeto desses, de um túnel, leva 4 anos e eu quero ver se nós começamos essa obra no ano que vem”, comentou Leão em entrevista ao site Bahia Notícias. O vice-governador deu a entender que o principal obstáculo para a definição da empresa responsável pela obra e para o início da construção é o atual momento turbulento do Brasil. ”O país está vivendo cheio de problemas. Nós estamos com um mar de problemas”, disse, antes ressaltar que o projeto da ponte ”deu muito trabalho, mas está pronto”. Com a ponte, Leão prevê que a Ilha de Itaparica deve alcançar o número de 300 mil habitantes e ver um crescimento semelhante ao de Lauro de Freitas nas últimas décadas. Quanto à política, ele analisa que o PP atualmente integra um tripé na Bahia que tem como outras ”pernas” o PT, representado por Rui Costa e Jaques Wagner, e o PSD, representado por Otto Alencar. O vice-governador avalia que esse grupo vive atualmente ”com juras de amor”, mas acredita que ainda não é o tempo certo para discutir as eleições de 2018. ”Quanto menos conversa tivermos, menos nebulosidade vai acontecer. O que nós precisamos agora é trabalhar”, concluiu. O ideal para ele é dar início ao debate eleitoral em meio a trios elétricos e uma multidão nas ruas. ”Fevereiro…fevereiro é Carnaval. É ótimo porque você discute conversando de Carnaval”, disse

Wagner é opção de 5% do eleitorado para substituir Lula em eleições, aponta pesquisa

Ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner. Foto: Camila Souza

O ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner (PT) é opção de 5% do eleitorado para substituir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições presidenciais do próximo ano. Quem lidera o ranking do Instituto Paraná Pesquisas é o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), com 15,7% da preferência. O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, aparece em seguida, com 10,7%. Apesar das preferências, a maior parte dos entrevistados, 62,8%, descarta as três opções apresentadas. Pouco menos de 6% não sabe ou não opinou. Quando os resultados são analisados por região, Ciro continua à frente no Norte e Centro-Oeste, Nordeste e Sul – perde no Sudeste para Haddad. Wagner ganha um pouco mais de expressão apenas no Nordeste, assumindo a segunda colocação com 14,5% das intenções de voto. Foram entrevistadas 2.210 pessoas no questionário online do Instituto Paraná Pesquisas, entre 12 e 14 de setembro deste ano. A amostra tem confiança de 95% e margem de erro de aproximadamente 2%. Na análise por localidade, o grau de confiança se mantém, mas a margem de erro sobe para 3% na região sudeste, 4% para o Nordeste, 5,5% para as regiões Norte e Centro-Oeste e Sul.

Raquel Dodge mede as palavras ao tomar posse no cargo de procuradora-geral da República

Raquel Dodge foi indicada por Michel Temer. Foto: Marcos Corrêa

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, fez um discurso relativamente curto, não falou na Operação lava-Jato, citou passagens ditas pelo Papa Francisco e fez questão de destacar a importância da ”harmonia entre os poderes”. Tendo ao lado três políticos que estão sendo investigados pelo STF depois de inquéritos comandados por seu antecessor, Rodrigo Janot, Dodge falou em combate à corrupção, mas destacou outras áreas de ação do Ministério Público, como a defesa das minorias e direitos humanos, sua principal área de atuação. O tom usado por Dodge agradou aos políticos que já contavam nos dedos os dias para a saída de Rodrigo Janot. No Judiciário, houve quem fizesse a avaliação de que seu discurso foi ”no tom certo” para o momento de baixar as armas e passar tranquilidade ao país – o que não deve ser entendido como fim das investigações. A nova procuradora-geral fez uma citação ”na medida” de seu antecessor Rodrigo Janot que, é sabido por todos, faz parte de outro grupo dentro da Procuradoria. Ponto para ela, pois Janot preferiu ficar longe da cerimônia. Dodge, no entanto, fez questão de falar na instituição e lembrar que 41 brasileiros já passaram pelo mesmo cargo, em momentos mais calmos ou mais turbulentos (como este, por exemplo). Só o tempo dirá qual destino terá a popular Lava Jato sob o comando de Raquel Dodge. Mas na chegada ela fez o que era dela esperado: jogou água fria no ambiente que está fervendo nos bastidores do Ministério Público Federal.

Anvisa proíbe fabricação de amálgama de mercúrio não encapsulada utilizada na odontologia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, importação e comercialização, bem como o uso em serviços de saúde, do mercúrio e do pó para liga de amálgama não encapsulada, utilizados na odontologia. A proibição começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2019, conforme resolução publicada hoje (18) no Diário Oficial da União. A liga em forma encapsulada ainda será permitida. Em março deste ano, a Anvisa abriu consulta pública sobre o tema, quando proibiu os termômetros e medidores de pressão que utilizam coluna de mercúrio para diagnóstico. Eles também não serão mais fabricados, importados ou comercializados a partir de 1º de janeiro de 2019. Hospitais, clínicas e postos de saúde, entre outros prestadores de serviços do setor, deverão realizar o descarte de material com mercúrio, conforme as normas da Anvisa para descarte de resíduos sólidos. As medidas da Anvisa visam a retirar do mercado materiais de saúde que utilizam mercúrio na composição, como prevê a Convenção de Minamata, um tratado global para proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos da substância. O compromisso foi firmado por 128 países, inclusive o Brasil, em outubro de 2013. A convenção foi ratificada pelo Brasil no dia 8 de agosto e entrou em vigor em 16 de agosto deste ano. Até o momento, 74 países já depositaram seus instrumentos de ratificação junto às Nações Unidas.

Famílias invadem terreno na margem da BR-420, trecho do Entroncamento de Jaguaquara

Famílias invadem terreno no Stela Dubois. Foto: Roberto Brito

Cerca de 100 famílias que dizem não possuir casa própria invadiram uma grande área que fica na margem da Rodovia BR-420, no trecho do distrito Stela Dubois – Entroncamento de Jaguaquara, na tarde desta segunda-feira (18). As famílias, que estão no local, lideradas por um homem identificado por Alex, de Jequié, afirmam que o terreno não está sendo utilizado pelo proprietário, segundo informações levantadas no local pelo repórter Roberto Brito, da Rádio Itiruçu FM. No entanto, o proprietário da área invadida não foi encontrado para falar sobre a invasão. Até o fechamento desta matéria, pelo Blog Marcos Frahm, não foi constatada fiscalização de nenhum órgão para interferir na ação. As famílias já começaram a fazer demarcação de terras.