”Os desafios são gigantescos”, diz Toffoli após ser eleito presidente do Supremo Tribunal Federal

Toffoli sucederá à ministra Cármen Lúcia. Foto: SCO/STF

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi eleito na tarde desta quarta-feira (8) o novo presidente da Corte pelos próximos dois anos, com a cerimônia de posse marcada para o dia 13 de setembro, às 17h. O ministro Luiz Fux será o vice-presidente do tribunal no período. Atual vice-presidente do STF, Toffoli sucederá à ministra Cármen Lúcia, a quem dirigiu elogios durante a sessão em que foi eleito presidente. ”Este é um principio republicano que esta Corte segue há décadas – o da rotatividade entre seus integrantes, que ora recai sobre os meus ombros. A responsabilidade deste encargo é enorme, os desafios são gigantescos. Por um lado temos essa dificuldade, até pela gestão tranquila, firme, que Vossa Excelência teve nesses dois anos difíceis para a nação brasileira, com tantas demandas chegando a este Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça”, disse Toffoli. ”Se o desafio é grande de substituir a Vossa Excelência nesta rotatividade, por outro lado é muito facilitado, porque tenho que dar aqui o testemunho de que nestes dois anos em que servi como vice-presidente, Vossa Excelência comigo sempre teve o maior diálogo, me colocando sempre partícipe da gestão, e os nossos gabinetes sempre tiveram uma interação muito grande”, prosseguiu o ministro. Dentro do STF, a avaliação é a de que a transição de Cármen para Toffoli será melhor que aquela ocorrida entre Cármen e Ricardo Lewandowski há dois anos. Isso porque Cármen e Toffoli se dão bem, enquanto a ministra e Lewandowski não se bicam. A equipe de Cármen também comemora reservadamente o fato de, ao sair da presidência, a ministra herdar o gabinete de Toffoli, considerado um dos mais eficientes da Corte. O Broadcast Político apurou que o futuro presidente do Supremo pretende tornar as sessões do tribunal mais ágeis, aumentar a interlocução com os colegas e levar mais casos para julgamento no plenário virtual da Corte, o que desafogaria o número de processos pendentes de julgamento no ”plenário real” do STF.