Operação desocupa fazendas invadidas e prende uma pessoa em propriedade da família de Geddel

Operação policial desocupou fazendas invadidas. Foto: Polícia Civil

Doze fazendas que foram invadidas por grupos armados nas cidades de Itapetinga e Potiraguá, sudoeste e sul da Bahia, foram desocupadas durante uma operação da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, na madrugada desta terça-feira (3), conforme publicação do G1. Outras duas propriedades também invadidas, as fazendas Esmeralda e Tabajara, localizadas em Itapetinga e Potiraguá, respectivamente, pertencem ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e a família dele e seguem ocupadas nesta terça-feira, porque não há ordem judicial para fazer a desocupação, segundo a polícia. Em uma delas, na Fazenda Tabajara, um homem foi preso por porte ilegal de arma. Ele estava com uma espingarda. Duas motos e um veículo com irregularidades administrativas também foram apreendidos. Na Fazenda Esmeralda, na zona rural de Itapetinga, ocupada desde o dia 23 de setembro, a polícia encontrou um grupo de indígenas que dizem ser da tribo pataxó hã hã hãe. Eles afirmam que a terra é sagrada e pedem demarcação. Já na Fazenda Tabajara, na cidade de Potiraguá, o delegado disse que um grupo de 10 homens que ocupa o local diz ser do Movimento Livre da Terra. O advogado Fraklin Ferraz, que representa os proprietários das fazendas Tabajara e Esmeralda, informou que a primeira pertence ao ”espólio”, ou seja, bens deixados por Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel. Já a Esmeralda pertence ao espólio e ao próprio Geddel. A defesa pediu à Justiça a manutenção da posse das duas fazendas, mas ainda não há decisão sobre os casos. Nas outras 12 fazendas que haviam sido invadidas por homens armados, o delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior informou que os invasores fugiram com a chegada dos policiais, durante a operação.