Ministério Público Federal diz que Marco Prisco aposta em “política de terror” na Bahia

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Marco Prisco é o principal responsável por greve da polícia

O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) condenou, em nota divulgada neste sábado (19/4), a atuação do líder do movimento grevista da Polícia Militar (PM) da Bahia, Marco Prisco, preso ontem (18). “Mesmo denunciado pela prática de crimes contra a segurança nacional, [Prisco] continuou ostensivamente a instigar o uso da violência e da desordem e a liderar movimentos grevistas expressamente proibidos pela Constituição Federal, não só na Bahia, como em outras unidades da Federação, apostando na política do terror.”

Segundo o MPF/BA, Prisco liderou três greves consideradas ilegais de PMs na Bahia com “consequências nefastas para os cidadãos baianos”. “Apenas entre os dias 16 e 18 deste mês de abril, período em que os policiais militares interromperam suas atividades, mais de 100 pessoas foram assassinadas em Salvador, além de terem sido praticados saques, arrastões, roubos e a restrição ao direito de ir e vir dos cidadãos. Enfim, instalou-se entre a população baiana verdadeiro estado de pânico generalizado”, diz a nota.

Segundo o MPF/BA, Marco Prisco responde à ação penal por crimes previstos na Lei de Segurança Nacional, em processo que está em curso na 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia. “Entre as hipóteses legais para a decretação da prisão preventiva estão a garantia da ordem pública e a necessidade de preservar a sociedade contra a possibilidade de que o réu continue a reincidir em práticas delitivas”, acrescentou o comunicado. Prisco é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e vereador em Salvador. Ele foi preso na Bahia e, posteriormente, transferido para o Complexo da Papuda, no Distrito Federal.