A cadeia pública de Itaquara funciona mais como posto policial do que como delegacia. A estrutura física até que não é das piores, se comparada com as outras unidades prisionais da região, que integram a 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior – Coorpin de Jequié. Se for feita uma vistoria técnica para apurar as reclamações da população sobre o funcionamento da antiga delegacia, que fica na Avenida Durval de Mattos, centro de Itaquara, serão constatadas: ausência de estrutura de pessoal, de instalações administrativas adequadas, de sistema de comunicação e de delegado titular. O problema vai além da falta de estrutura na segurança: apenas um agente de polícia atua na Delegacia Territorial, e não pode realizar incursões, com a ausência a cerca de um ano de uma viatura. 
Segundo informações apuradas pelo Blog Marcos Frahm, o veículo-viatura que era utilizado pela polícia, um Ford Fiesta em péssimas condições, sem giro-flex, com pneus completamente carecas, apresentou defeito mecânico e foi levado há 12 meses atrás ao prédio da 9ª Coorpin, em Jequié, onde permanece sem funcionar. Sem nenhuma viatura disponível, a Polícia Civil precisa de carona para chegar ao local da ocorrência e, conta, às vezes, com o apoio da Polícia Militar e até das próprias vítimas de crimes ocorridos na cidade, que são chamadas para ir até à esquecida delegacia. Apesar do número reduzido de ocorrências no município, que possui aproximadamente 8 mil habitantes, os casos que ocorrem, precisam ser registrados da cadeia de Jaguaquara, há 10 km, onde atende a delegada substituta de Itaquara, Maria do Socorro. De acordo com a Prefeitura da cidade, o fato já foi levado ao conhecimento do Estado, mas nenhuma providência foi tomada por parte da Secretaria Estadual de Segurança Pública-SSP, que demonstra sua ineficiência e desleixo com a segurança pública do interior.
Nota originalmente publicada às 14h56
