Imprensa repercute ‘prisão na Prefeitura’ de Jaguaquara

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Servidor público foi preso no interior da Prefeitura de Jaguaquara

A prisão de um servidor público municipal no interior do prédio-sede da Prefeitura de Jaguaquara, na segunda-feira (14), foi assunto de reportagens em diversos veículos de comunicação da Bahia nesta terça (15). Os sites Correio da Bahia, e Bahia Notícias, por exemplo, ressaltaram que o funcionário Simei Rocha Brito, que exercia o cargo de chefe do setor de pessoal da Prefeitura, é acusado de fraudar dados da folha de pagamento para desviar dinheiro. Reportagens foram publicadas em vários sites a partir de informações cedidas à imprensa pela delegada Maria do Socorro, em contatos telefônicos com profissionais da comunicação, que buscam informações a cerca do inusitado. A prisão em flagrante foi feita pelas polícias Civil e Militar, que conduziram o suspeito a Delegacia Territorial local, onde permanece detido à disposição da Justiça. Ele deve responder por peculato e pelo artigo 313 do Código Penal, que trata da inserção de dados falsos em sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública para obter vantagens indevidas ou causar danos.

Servidor teria sido denunciado

De acordo com a delegada Maria do Socorro Damásio, a polícia teria recebido denúncia de que estavam acontecendo irregularidades na Prefeitura, depois de constatação revelando que a folha de pagamentos estava apresentado discrepâncias, sendo iniciada uma investigação sobre o caso, que levou à prisão de Simei Rocha, fato inédito na história administrativa de Jaguaquara. A delegada diz também que o suspeito assume ser o único responsável pelo esquema. A polícia tenta descobrir se outras pessoas se beneficiavam da fraude. ”É um fato que precisa realmente ser divulgado, a sociedade tem de andar bem informada sobre o que acontece na cidade, principalmente em uma gestão pública”, diz a delegada.

Suspeito só vai falar em juízo

Já o advogado do suspeito, Cristiano Moreira, disse que o seu cliente, que teria prestado depoimento informal, momentos depois da prisão, adotará o posicionamento de só falar em juízo. ”Nós já informamos à delegacia que não haverá depoimento na unidade prisional, ele só irá falar sobre o caso em juízo”, afirmou o advogado, que prepara a defesa de Simei Rocha. O dia hoje em frente à Prefeitura, local onde costumeiramente é grande a aglomeração de pessoas ligadas à administração, foi marcado por pequena movimentação. O Governo Municipal parece ter optado pelo silêncio em relação ao caso que ganhou ampla repercussão na mídia. A versão é de que não é a primeira vez, na administração do prefeito Giuliano Martinelli (PP), que caso suspeito de irregularidades é constatado. Recentemente, o gestor havia exonerado dois servidores do setor de Tributos, após denúncias de cometimento de atos que fogem ao que é regular no órgão público municipal.