Aloizio Mercadante nega ter tentando calar Delcídio e diz que ato foi de solidariedade

Aloísio teria tentado calar Delcídio. Foto: José Cruz/ABr
Aloísio teria tentado calar Delcídio. Foto: José Cruz/ABr

Foi homologada nesta terça-feira (15) a delação premiada de Delcídio Amaral (PT-MS), que traz uma gravação com uma suposta tentativa do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de silenciá-lo. Na conversa, Mercadante teria oferecido ajuda política e financeira para evitar que o parlamentar petista firmasse acordo de delação premiada. Em entrevista coletiva concedida hoje, o titular da pasta de Educação do governo disse que a gravação da conversa não está completa e negou ter oferecido dinheiro para calar Delcídio. Mercadante argumentou que tem a transcrição completa da conversa e disse que “jamais” tentou impedir a delação de Delcídio. Ele defendeu a tese que foi um ato de solidariedade, argumentando que as filhas de Delcídio estavam sofrendo uma campanha negativa na internet e ele fez um gesto pessoal e não político. “Nenhum momento procurei assessor a mando do governo. Eu só chamei para ter um gesto da família e ele vai tentando induzir uma pauta e mesmo assim não consegue […]. Do ponto de vista pessoal era preciso ter solidariedade, com a família exposta desse jeito”, disse. Ele afirmou também que houve uma tentativa do assessor de Delcídio de “induzi-lo” a falar sobre a delação premiada Mercadante disse ainda que ”está inteiramente à disposição para esclarecer”. “Não escondo nada, transcreva os textos que não foram publicados na delação, pontuou. “Sobre o processo dele, eu fui muito claro. Não vou me meter. Não sou advogado”, enfatizou.