Coelba descumpre prazo e idoso fica ”preso em mudança” sem máquina de hemodiálise

Se mudar para um novo endereço geralmente representa um momento de alegria, mas para o aposentado Vicente Sérgio Mannarino, de 83 anos, virou um transtorno. O idoso comprou um novo apartamento, na Rua Maranhão, no bairro da Pituba, em Salvador. A mudança está atrasada já que a Coelba demora mais de dez dias para ligar a energia do apartamento. Sem eletricidade, o idoso, que faz tratamento de hemodiálise em casa, não pode se mudar.

Segundo o novo morador, o pedido de ligação da energia foi feito junto à concessionária no último dia 13, quando a Coelba deu prazo de três a cinco dias para realizar o serviço. Passado o período, o serviço não foi realizado e, ao ligar para cobrar, o aposentado foi surpreendido com a resposta. “A justificativa deles era que eu tinha desistido do serviço, tiveram que abrir outro prazo”, comenta Vicente.

Na última sexta-feira (22), uma nova cobrança recebeu como resposta a informação de que o serviço havia sido realizado. Com a energia supostamente ligada, Vicente foi com a esposa passar a noite no novo endereço e não encontrou a energia funcionando. O casal precisou passar a noite com velas pelo apartamento. “Chegaram a receber uma chamada do síndico pelo perigo com as velas, que realmente não pode. Perigando receber uma multa. E ainda idosos, com vários outros perigos de ficar em um apartamento sem luz”, relata Antônio Machado, filho de Vicente.

O idoso ainda chegou a abrir novo protocolo reclamando do atraso na ligação da energia. Em atendimento presencial, realizado na unidade de Itapuan da Coelba, um protocolo foi dado ao idoso. O número, no entanto, não é reconhecido pelos próprios funcionários da empresa, quando o idoso liga cobrando um retorno. Ainda no atendimento presencial, um novo prazo foi dado e a realização do serviço foi prometido para até a próxima sexta-feira (29). ”Sem a energia não posso entrar no apartamento porque faço tratamento de hemodiálise em casa e preciso da energia para que a máquina funcione”, explica.

O site Metro1, que publicou a matéria disse que procurou a Coelba com questionamentos sobre o caso. A empresa afirmou que ”está verificando a situação para tomar as medidas cabíveis”.