Atacado por ex-prefeito, vereador diz que Martinelli deixou herança maldita para prefeita de Jaguaquara

Rodrigo e Martinelli protagonizam embate. Fotomontagem/BMF

Um no cargo e outro fora, o vereador Rodrigo Dias (PSD) e o ex-prefeito Giuliano Martinelli (PP) continuam protagonizando um embate em Jaguaquara. A troca de farpas entre os dois evidencia a manutenção do clima tenso entre oposição e situação no maior colégio eleitoral do Vale do Jiquiriçá.

O jovem parlamentar, de 21 anos, é filho do ex-vereador e candidato a prefeito derrotado por uma diferença de 58 votos pela prefeita eleita em 2020, Edione Agostinone (PP), que era secretária da gestão do então prefeito Martinelli e foi lançada por ele na disputa sucessória.

Voto vencido no julgamento das contas de 2019 da Prefeitura, que teriam sido reprovadas pelo Tribunal e aprovadas por 14 votos a 1 na Câmara Municipal, em sessão da semana passada, Rodrigo foi atacado por Giuliano durante entrevista na última sexta-feira (26) em uma rádio comunitária da cidade, a Jaguar FM: ”Ouvir críticas de um come e dorme com o dinheiro público fica difícil. Para criticar, ele tem que ter moral de saber quanto custa um litro de gasolina, quanto um mototáxi desses sofre. Esses que trabalham têm direito de me criticar, agora, ouvir críticas de um papagaio de pirata, que nunca deu em prego numa barra de sabão e apenas reproduz aquilo que é passado pra ele?”, disparou.

Na mesma rádio comunitária, Rodrigo ”retrucou”, depois de solicitar ao presidente da associação responsável o direito de resposta que lhe é garantido.

Para o vereador, Martinelli estaria frustrado por não conseguir emplacar uma candidatura a deputado estadual e seria o ex-gestor o maior culpado pelo insucesso da gestão de Edione Agostinone (PP), que amarga críticas da população por atraso salarial de servidores e ainda não conseguiu sanar problemas estruturais enfrentados pelo Município em seu primeiro ano de gestão, inclusive em período de chuva. ”Enquanto vem à rádio proferir ataques pessoais, ele deveria vir falar do desastre administrativo, da herança maldita que ele deixou para a prefeita. Nós sabemos que ele deixou mais de R$ 100 milhões de dívidas do INSS e a prefeitura está aí, devendo a funcionários e fornecedores, a pior gestão do vale do Jiquiriçá em 2021, uma cidade que arrecada quase R 8 milhões / mês. Ele está desequilibrado e o povo quer voltar a sorrir. Falou da minha família, que não teve aumento de patrimônio, não tem apartamento em Salvador. Meus tios não estão construindo prédio no centro da cidade”, rebateu.