Alckmin volta a pregar ”voto útil” e chama disputa entre PT e PSL de ”bipolarização equivocada”

Alckmin condena disputa entre PT e Bolsonaro. Foto: Globo

O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a condenar, em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador, a disputa plebiscitária entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Na avaliação do tucano, o pleito deste ano foi marcado por um ”momento atípico” e ele tem condições de ”pacificar o país”. ”De um lado, tivemos um ex-presidente da República preso e dando ordem de Curitiba. Do outro lado, um candidato vítima de um atentado covarde. Isso tudo a 20 dias [da votação], mas acho que a definição de voto acontece agora no final. […] Estamos vivendo uma bipolarização equivocada. Quem não gosta do PT, odeia o PT, tem medo do PT, com razão, [..] olha a pesquisa do primeiro turno e corre para Bolsonaro querendo derrotar o PT. De outro lado, temos um candidato a presidente da República que disse que não entende de nada e diz que o posto Ipiranga dele é uma banqueiro, que quer diminuir imposto para os ricos e aumentar para os pobres, sem contar que querem tirar o 13º. Precisamos evitar a insensatez. Fernando Henrique diz bem, precisamos evitar a insensatez”, afirmou. O ex-governador de São Paulo voltou a pregar o voto útil. ”Acho que a eleição está em aberto, as grandes mudanças ocorrem no finalzinho. Se a gente pegar 2014, quem estava no segundo lugar e ia era Marina. No fim, ela não foi. Tem uma parte do eleitorado que não quer o PT e olha a pesquisa e acha que Bolsonaro é melhor. Só que tem que olhar que a eleição vai ter dois turnos. O que acontece? Bolsonaro, no segundo turno, tem rejeição alta, perde. Então, temos que alertar: você que não gosta do PT, se vota no Bolsonaro, traz o PT de volta. Se chegarmos lá, ganhamos a eleição com humildade”, ressaltou. Alckmin disse ainda que o prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto, tem agido ”firmeza, lealdade e correção”. O democrata soteropolitano é coordenador da campanha tucana e um dos defensores de uma propaganda mais agressiva contra o capitão reformado.