ACM sai na defesa de Bolsonaro e diz que MP sepulta versão de porteiro sobre presidente no caso Marielle

”Eu acho que ficou muito claro”, diz ACM. Foto: Vagner Souza

O presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou nesta quinta-feira (31) ter ficado claro que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi alvo de falsas acusações em depoimento do porteiro que o mencionou na investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista, Anderson Gomes.

Ao site bahia.ba, ACM Neto disse que tanto o Ministério Público do Rio de Janeiro quanto a defesa de Bolsonaro apresentaram versões que mostram não haver nenhum envolvimento dele no caso. Na terça (30), o democrata já havia afirmado ser um ”exagero” ligar o nome do presidente ao caso.

”Eu acho que ficou muito claro, a partir do pronunciamento do Ministério Público do Rio de Janeiro e das provas apresentadas pela própria defesa do presidente Jair Bolsonaro, que ele não tem nenhum envolvimento. Ontem eu já havia dito, antes mesmo de saber dessas informações, que eu achava extremamente precipitado fazer qualquer tipo de associação do presidente ao assassinato da vereadora Marielle. Me parece que está absolutamente sepultado, a partir do próprio pronunciamento do Ministério Público do Rio de Janeiro, que mostrou que houve uma falsidade no depoimento do porteiro”, disse o prefeito.

”Que sirva de exemplo, porque nós, que estamos na vida pública, temos infelizmente muitas vezes que enfrentar situações injustas. Temos que lidar com acusações falsas e é importante que a população tenha condição de discernir o que é verdade e o que não é”, acrescentou.

”Felizmente foi um assunto que teve resposta rápida, que não ficou uma interrogação no ar, que seria muito ruim para país. Agora é tocar a agenda do país”, afirmou ACM Neto.

Depoimento de porteiro

Reportagem da TV Globo revelou que o porteiro do condomínio onde o Bolsonaro mantém residência no Rio de Janeiro afirmou que o suspeito de matar a vereadora Marielle Franco pediu para ir à casa do presidente no dia do crime. Bolsonaro, no entanto, estava na Câmara dos Deputados naquela ocasião, segundo registro de presença da Casa. O condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente tem casa, é o mesmo onde vivia o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil como o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson Gomes, em março de 2018.

Em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro se isentou de responsabilidade pelo crime e fez duras críticas à imprensa, sobretudo a TV Globo, pelas reportagens que envolvem não apenas ele, mas também seus familiares. O governador do Rio de janeiro, Wilson Witzel, também foi alvo de Bolsonaro e diz ter sido atacado injustamente.