Dividido entre PTB e PSL, Marcelo Nilo vai ao Rio de Janeiro decidir futuro político

Nilo pode filiar-se ao PTB. Foto: Sílvio Senna/BMF
Marcelo Nilo pode filiar-se ao PTB. Foto: Sílvio Senna/BMF

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo vai ao Rio de Janeiro nesta semana conversar com Roberto Jeferson e Cristiane Brasil. Pai e filha comandam o PTB nacionalmente. Nilo ainda não decidiu qual será o seu destino partidário. Está dividido entre o PTB e o PSL. Na conversa que terá com o comando da legenda – o deputado federal pela Bahia, Benito Gama, é vice-presidente do partido – Nilo tentará obter as garantias de independência política que deseja. O problema é que no cenário nacional o PTB tende à oposição a Dilma e Lula e o presidente da Assembleia, como de conhecimento público, é governista. Além deste cenário há ainda a situação de Salvador. Embora o único vereador do PTB na capital baiana – Edvaldo Brito –  seja do grupo independente, corre nos bastidores que Benito Gama teria um acordo com ACM Neto para apoiá-lo. Este é o outro entrave para Marcelo desembarcar no partido. Na Bahia, o PTB tem entre os líderes o deputado federal Antônio Brito. Brito é filho de Edvaldo e está cotado para disputar a prefeitura de Jequié (ainda não decidiu se vai ou não). Nilo promete, se for para o partido, levar com ele de cinco a sete deputados estaduais. O PTB não tem nenhum atualmente. Nos bastidores corre também que o partido assumiria a secretaria estadual de Turismo. Ocupada por Nelson Pelegrino a pasta estaria na cota do PR, mas a disputa política pelo comando da sigla entre José Rocha e Jonga Bacelar, ambos deputados federais, os tirou do tabuleiro naquele momento. Com o desejo anunciado de ter um lugar na chapa majoritária de 2018, Nilo tenta se colocar como cacique de um partido, mas a costura não tem sido fácil e nos prós e contras, ele não encontrou caminho para seguir. O PSL é o outro caminho possível. Por lá, o jogo está combinado e Nilo conseguiria levar ainda mais deputados estaduais. No entanto, teria que trabalhar 2018 para eleger deputados federais para ter condições de sentar-se à mesa ”dos partidos grandes”. Neste caso, o tempo é o inimigo. Nilo está no quinto mandato como presidente da Assembleia. Dificilmente conseguirá manter a cadeira por mais dois. Sendo assim, perde poder de barganha política e volta à planície. Uma vez nela se torna tão importante quanto outros aliados de Rui Costa. Estando no PSL é improvável que consiga viabilidade política para ocupar uma das vagas na majoritária. Com informações do Bocão News