Vereadores de Jaguaquara travam discussão sobre ”piso do magistério”; um defende os professores, o outro a Prefeitura

Rdorigo e Nei Filho levam debate do Piso do Magistério ao plenário. Foto: Reprodução

Os vereadores Rodrigo Dias (PSD) e Nei Filho (PP) levaram ao plenário da Câmara de Jaguaquara o debate sobre o Piso dos Professores, após o Executivo mover ação junto ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia impedindo as próximas paralisações da categoria, que reivindica nada mais nada menos do que o cumprimento do reajuste estipulado em 14,95% por meio de Portaria do Ministério da Educação.

Filho do vice-prefeito, Francisnei Santos – Nei Cabeludo, o vereador Nei Filho subiu a tribuna da Casa para defender a gestão municipal, tendo afirmado que o protagonista na sala de aula é o estudante. ”Eu sou fruto da escola pública, sei da dificuldade que é ser aluno da escola pública, das dificuldades que os profissionais passam na escola pública, por isso que eu falo que o protagonista deve ser o aluno, porque é daí quem vem a transformação da nossa cidade. Eu tenho acompanhado com muita atenção as paralisações que tem acontecido em nosso município. Todos nós sabemos que todos tem o direito de lutar e eu tenho ouvido com muita preocupação as demandas dos pais, que vem perguntando o porque o filho está fora da sala de aula. Já se passou a pandemia, muitos feriados e quase toda semana, paralisação. Temos que ter a consciência, o bom senso e o equilíbrio”, disse Nei em dado momento do seu discurso.

Na outra ponta, o vereador Rodrigo, filho do ex-prefeiturável Raimundo do Caldo disse que ficou triste com o pronunciamento do colega e acusou o filho do vice-prefeito de tentar jogar os professores contra os pais de alunos. ”Eu fico triste, em ver o vereador querer colocar os professores contra os pais, contra os alunos. Os professores merecem respeito, os professores tem aí mais de três meses tentando negociar com a prefeitura e, aí, ficam falando: é fulano, é ciclano e não chega a um entendimento final. Os professores sempre dizem e tem a carta aqui comprovando que tem condições de pagar e a prefeitura nunca apresentou uma planilha. Tem que continuar sua luta, porque sem luta não há vitória. Quero deixar aqui o meu apoio a todos os professores, a todos os alunos. Jaguaquara não está tendo avanço na educação”, retufou Rodrigo.

A Prefeitura alega dificuldades financeiras para pagar o piso. A Câmara de Vereadores chegou a aprovar, no dia (17) de maio um Projeto de Lei Nº 006/2023 que reajusta o salário de todos os servidores públicos municipais, no percentual 5,79%, mas não atende o piso dos educadores, que vem realizando uma série de atos de protesto contra a Prefeitura, com paralisação das atividades pelo período de 24h, de forma intercalada em cada semana, às terças e quintas feiras.