Vale do Jiquiriçá: Na disputa pelo CONVALE, desunião pode causar desconforto na relação com o Governo

A disputa pelo cargo de presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Vale do Jiquiriçá – CONVALE, entidade que congrega 20 prefeitos pode gerar em uma crise diplomática na relação entre prefeitos e Governo, se não foi acionado o freio de arrumação para conter o falatório de pretensos candidatos. O atual presidente, Antonio Danilo (PSD), prefeito de Nova Itarana deixará o cargo de presidente e já revelou que vai anunciar ainda neste ano a data da nova eleição para presidência da entidade, que ocorrerá em janeiro de 2025, quando os prefeitos terão legitimidade para votar. Entre as regras exigidas pelo estatuto, apenas prefeitos reeleitos devem disputar, sem vedação de idade.

Entretanto, o prefeito eleito de Maracás, Nelson Portela (PT), que volta ao poder na Cidade das Flores depois 12 anos ao vencer eleição emblemática com 604 votos de diferença para o adversário disse que será candidato e com isso três candidaturas estão postas. Além de Portela, que usou as redes sociais nesta quarta-feira (4) e foi enfático ao dizer que vai disputar estão Marquinhos Senna (PP), de Lagedo do Tabocal, e Antonio Sampaio (Avante), de Irajuba, ambos reeleitos e que atenderiam as regras do jogo.

Mas, Portela contesta as cláusulas e diz que houve alteração das regras em 12 de setembro deste ano e que isso seria inconstitucional [confira]. Já o presidente Danilo nega irregularidades e diz que a alteração teve a anuência dos 20 prefeitos que compõe o consórcio [confira]. A possibilidade da relação entre os gestores do Vale, território com mais de 295 mil habitantes e o Governo azedar é simples de entender. Se o governador Jerônimo, e o ministro Rui Costa, que terão pela frente uma batalha em 2026 e dependerão de apoios para enfrentar o desafio meterem a colher com preferência por um dos três nomes, inclusive todos integrantes da base, o desconforto na relação com os prefeitos é certo. Fontes dizem que os prefeitos querem discutir entre si, qual o melhor projeto, e no final decidir qual nome agrega mais entre eles, sem candidatura goela abaixo, sem que haja um amplo debate para o que todos pregam, o chamado ”consenso”.