Primeiro, vieram as dores no corpo. Pouco tempo depois, a febre — que oscilava entre 38°C e 39°C, mas chegou a ter picos de 40°C. Passados cinco dias de cama, o estudante de Engenharia Civil da Universidade Federal da Bahia Danilo Pereira, 22 anos, já sabia que era dengue. ”Os sintomas evoluíram de uma forma surpreendente, até porque eu nunca tive antes”, contou, referindo-se ao período da última semana de fevereiro. Danilo foi um dos 17.973 casos suspeitos de dengue este ano em toda a Bahia (3.837 deles somente em Itabuna, no Sul do estado), até a semana passada, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Esse número representa um aumento de 144,6% em relação aos 7.346 registros do mesmo período de 2014. Ou seja, o número de notificações é quase um dobro e meio maior do que no ano passado. Para a coordenadora do Grupo Técnico Ampliado da Dengue da Sesab, Elisabeth França, o aumento não foi bem uma surpresa — eles só não sabiam de quanto seria. ”A dengue já é esperada, por ser uma doença endêmica. O que acontece é que a maior parte dos criadouros está nas casas e, por mais que exista o trabalho realizado pelas equipes municipais, onde há água limpa ou suja poderá ter o mosquito. Tendo o vírus no ambiente, é possível ter o surto”, explica Elisabeth. Informações do Correio