Ao ser diplomado pela Justiça Eleitoral nesta quinta-feira (12), o prefeito reeleito de Jequié, Zé Cocá (PP) relembraou, em enttrevista a eleição dura de 2020, quando ele venceu o pleito com 38,29% dos votos, uma diferença de 2.894 votos para o segundo colocado à época, James Meira (PL) e fez comparativo do pleito com as últimas eleições, quando foi reeleito em outubro deste ano ao derrotar Alexandre da Saúde (PSD), conquistando 85.219 votos, 91,97% dos votos válidos, considerada a maior votação proporcional do Brasil. ”Mais uma bênção de Deus, ter o atestado, estar apto a tomar posse. Nós fizemos um primeiro mandato, graças a Deus, abençoado. Nós vínhamos de uma eleição muito dura, muito complexa, turbulenta e a gente via o olhar das pessoas naquela eleição um descrédito com a classe política e nessa eleição a gente via a leveza, o carinho das pessoas e isso nos proporcionou noventa e dois por cento de votos válidos e a gora a gente precisa honrar esse povo e honrar acima de Deus, para continuar trabalhando por Jequié”, disse o prefeito.
Zé Cocá, que sempre evitou opinar publicamente sobre a onda de violência em Jequié, que já registrou, até a última quarta-feira (11) 80 homicídios no ano, número superior aos 55 registrados em todo o ano de 2023, um aumento de 45,45% dos casos violentos resolveu sugerir intervenção federal para resolver a situação da violência no Estado. ”Nós estamos fazendo a nossa parte, fizemos sistema de monitoramento, ronda escolar, botamos a guarda na rua, estamos iluminando a cidade, mas o governador Jerônimo precisa chamar os prefeitos para discutir. Nós precisamos de um plano de ação emergencial, urgente. Tá na hora do governador convocar todo mundo, pedir apoio do governo federal para que tomem uma posição. Ou governo debate políticas públicas na questão da segurança pública com projeto educacional ou nós vamos ficar enxugando gelo. Espero que o governador Jerônimo faça isso, estamos aqui a disposição, é hora de esquecer questões políticas”’, disparou Cocá. O mandatário da Cidade Sol afirmou ainda que o Conjunto Penal é um dos problemas que contribuem para a violência em Jequié. ”Nós temos um problema seríssimo que é o complexo penitenciário, chega lá pegam dez, vinte, trinta celulares e na semana que vem se for lá vai pegar de novo. Porque não bloquear celulares ? Tem pessoas lá dentro que comandam o tráfico aqui fora. Então, tá na hora do governo acordar, tomar medidas que tenham tolerância zero com o tráfico’’, sugere o prefeito, que disse aguardar por uma agenda com o chefe do Executivo do Estado.
