O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), minimizou a proximidade que o secretário de Saúde, Leo Prates (DEM), tem mantido com o PDT, hoje na base do governador Rui Costa (PT), e não descartou a possibilidade de o DEM compor com algum partido mais alinhado à esquerda nas eleições de 2020 na capital baiana.
”Não sei por que as pessoas ficam ‘ah, não pode conversar’. Em 2012, quando fui candidato a prefeito, fiz uma aliança com o PV, tirando-o do campo das esquerdas, e compõe meu governo até hoje. Não acho que deva existir embargo a qualquer tipo de conversa, mas também não significa dizer que reuniões necessariamente determinarão as coisas. As conversas devem acontecer, é bom que aconteçam. Tenho uma boa relação com vários membros do PDT, mas concreto não há nada. É muito difícil que uma composição de chapa aconteça logo depois do anúncio do candidato a prefeito”, disse, em entrevista coletiva durante a 76ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que acontece no Wish Hotel da Bahia, no Campo Grande.
Especulado para se filiar ao PDT, Leo Prates chegou a viajar a Fortaleza para se encontrar com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). O presidente do partido na Bahia, Félix Mendonça Jr., também fala abertamente na possibilidade de trazer Leo para a sigla.
Questionado sobre a especulação de que Bruno Reis (DEM), provável candidato à sucessão à prefeitura, possa compor com Leo Prates (DEM), Neto disse que ”tudo vai depender do contexto político. Bruno e Leo são duas pessoas muito identificadas comigo. Tudo vai depender, vamos ter que avaliar. No campo da especulação tudo pode ser”.
O democrata disse ainda que está tranquilo e reafirmou que anunciará o candidato do grupo em dezembro. ”Passei por momentos de bastante angústia, foi acertada a minha decisão de ficar na prefeitura. O que me credencia a apresentar um nome são as entregas que estamos fazendo. Pretendo anunciar até a virada do ano”, acrescentou.
Neto também admitiu que o governador Rui Costa (PT) terá peso nas eleições em Salvador, mas ressaltou que acredita na força do seu próprio grupo. ”Qualquer governador tem peso na eleição. Quem sou eu para tirar o peso de um governador. Mas confio no meu taco”, disse. Com informações do site Política Livre