O prefeito de Jaguaquara ainda faz mistério sobre sua preferência em relação ao nome para presidir à Câmara Municipal, a partir de janeiro de 2019. No meio político da cidade, o que se comenta é a estranheza causada pelo silêncio de Giuliano Martinelli (PP) em relação à sucessão da mesa-diretora da Câmara, cuja eleição deve ocorrer entre os dias 20 e 22 de dezembro. Enquanto virtuais candidatos se movimentam tentando articular suas chapas, Martinelli tem optado por ficar em cima do muro entre os postulantes declarados, Raimundo Louzado (PR) e Nildo Pirôpo (PSB), ambos integrantes da base aliada do chefe do Executivo na Casa. O silêncio do prefeito é considerado por muitos um equívoco, pela importância do Poder Legislativo – situação que tem gerado especulações sobre uma terceira candidatura governista, que seria representada pelo vereador e presidente do PSD local, Edmilson Barbosa, o Dema, que tem refutado a informação, quando indagado sobre o assunto, mas nos bastidores alimenta a expectativa de também disputar à presidência. Há quem diga que a terceira candidatura teria a anuência de Martinelli e do atual presidente Élio Boa Sorte (PP), que encerra seu segundo mandato neste ano e não aceitaria uma eventual vitória de Raimundo Louzado, que também já presidiu a Casa e é considerado um nome leve entre os parlamentares. A avaliação é de que, mesmo em silêncio, Giuliano sinaliza apoio a candidatura de Pirôpo, mas como o movimento não ganha força entre os seus aliados, Dema surgiria como válvula de escape para afagar Élio Boa Sorte, que se posiciona contra Louzado e tem mantido uma estreita relação com o prefeito, inclusive com devolução de Duodécimo até fora de épocas para ajudar a Prefeitura a tocar obras. A bancada de Martinelli na Câmara é composta por 12 dos 15 parlamentares. Os edis aguardam a decisão de Giuliano para definição de um único nome, já que estão atrelados a gestão e obedeceriam as regras do alcaide. Não havendo interferência do prefeito no processo, Raimundo passaria a ganhar musculatura no grupo, por ter, inclusive, a simpatia da oposição, que poderá anunciar adesão à sua candidatura.