Foto: Blog Marcos Frahm
Ao fazer o seu pronunciamento na abertura da sessão solene de diplomação de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos, no dia 7 de outubro passado, nos municípios de Jaguaquara, Itaquara e Irajuba, a Juíza Eleitoral da 76ª Zona Eleitoral, com sede em Jaguaquara, Dra. Andrea Padilha Sodré Leal Palmarela, que presidiu a cerimônia ao lado do Promotor Eleitoral, Dr. Lúcio Meira Mendes, não poupou críticas aos candidatos e demais políticos, dos três municípios, pelo comportamento da quase totalidade, em desacordo com a legislação eleitoral vigente. Na solenidade realizada no salão do júri do Fórum Ilmar Galvão, em Jaguaquara, a Dra. Andrea Padilha, afirmou que, em 22 anos de militância na Comarca, nunca havia presenciado uma eleição com tantos problemas em relação à Justiça, como a deste ano. A magistrada destacou que estaria diplomando os eleitos, mas que não se sabe o que está por vir no amanhã, revelando que são muitos processos relacionados ao pleito que ainda estão pendentes. ”A disputa eleitoral nesses municípios foi de baixo nível, parecia uma disputa de partida de futebol. Foi a política do clientelismo, da troca de favores”, enfatizou. A Juíza comentou também sobre o final das gestões nesses municípios, “lamentáveis, vergonhosas”. Disse ainda que os políticos que estavam ali presentes, são culpados, “não vejo a política em Jaguaquara como uma festa da democracia”. Ela espera que, apesar dos problemas gerados pelos próprios eleitos, que os mesmos façam valer os votos obtidos nas urnas. A Dra Andrea disse estar descrente. ”O povo demonstra pouca esperança nos políticos”. Em seguida, chamou a atenção para o fato de que, apesar dos meios de comunicação estarem divulgando explicitamente os limites estabelecidos na legislação eleitoral, políticos ainda cometem erros no processo eleitoral. Para a representante do Poder Judiciário, mesmo acompanhando na mídia o caso do mensalão, as condenações dos envolvidos, os políticos continuam a errar. O Promotor Eleitoral, Dr. Lúcio Meira Mendes disse ter ficado, “de alma lavada depois das palavras da Juíza” e, afirmou, que também não mantém nenhuma crença na classe política brasileira. “Jaguaquara, é uma cidade mal cuidada e isso não é só de hoje vem de muito tempo, de outros gestores, do sistema corrompido onde o interesse pessoal sempre sobrepõe o interesse coletivo”. Os pronunciamentos dos dois representantes da Justiça Eleitoral foram acompanhados em silêncio pela platéia. Segundo informações, os processos pedentes, citados pela Juíza, podem interferir nos destinos dos respectivos municípios. Nota original do Blog Marcos Frahm