A presidente afastada Dilma Rousseff classificou o processo de impeachment que sofre como um ato perpetrado por ”covardes”. ”Diante das acusações que contra mim são dirigidas nesse processo, não posso deixar de sentir na boca novamente o gosto amargo da injustiça. Não luto pelo meu mandato por vaidade, como os covardes, luto pelo povo do país, pelo seu bem-estar”, afirmou. De acordo com Dilma, no passado os ”covardes” usaram de armas – se referindo à ditadura militar – e hoje se valem de uma ”retórica jurídica”. ”Vim ver pessoalmente a presença dos que me julgarão. Tenho a serenidade dos que nada tem a esconder e não cometi nenhum crime de responsabilidade. Hoje o Brasil, o mundo, e a história nos observam e aguardam o desfecho o desse julgamento”, declarou a presidente. Em seu discurso, Dilma lembrou de presidentes teriam sido perseguidos, como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart e disse que que seu afastamento acontece por conta de ”meros pretextos embasados por uma frágil retórica política”.